A proximidade da Copa do Mundo de 2026, que será sediada em conjunto por Canadá, México e Estados Unidos, traz à tona discussões importantes sobre imigração, especialmente no contexto das políticas americanas. Com a expectativa de receber mais de seis milhões de turistas para as 104 partidas, a FIFA se posicionou, garantindo que o evento será aberto a imigrantes, um recado claro em meio às polêmicas.

A declaração da FIFA surge em um momento delicado, onde as políticas de imigração nos EUA têm sido alvo de debates acalorados. A garantia de que a Copa do Mundo será um evento inclusivo para todos os fãs de futebol, independentemente de sua origem, é um passo importante para promover a diversidade e a união através do esporte.

Paralelamente, uma nova taxa de visto de US$ 250 (aproximadamente R$ 1.355) para os EUA, que começou a ser cobrada em outubro, elevou o custo total do visto americano para US$ 442 (cerca de R$ 2.395), um dos mais altos do mundo. Essa medida tem gerado preocupação no setor de turismo, que teme uma queda no número de visitantes.

Disputas comerciais

Além das questões de imigração e vistos, as relações comerciais entre Brasil e EUA também estão no radar. Velloso, especialista em comércio internacional, mencionou a importância de escritórios de advocacia contratados por associações de empresários brasileiros nos EUA contestarem a aplicação da Seção 301 contra o Brasil. Essa seção permite aos EUA investigar práticas comerciais internas, com foco em etanol, corrupção, Pix e patentes.

“A questão deles no Brasil é de procedimentos” – disse Velloso.

A Seção 301 concede ao presidente norte-americano poder para impor tarifas de até 15%. Para aplicar alíquotas superiores, o governo dos EUA precisa comprovar que o país alvo das sanções pratica comércio injusto ou ilegal que prejudique a economia norte-americana. No passado, tarifas de até 50% chegaram a ser aplicadas a alguns segmentos brasileiros.