Investigação no Congresso dos EUA sobre Ordem de Matar
O Congresso dos Estados Unidos decidiu abrir uma investigação formal sobre uma operação militar que resultou na morte de dois sobreviventes de um ataque a uma embarcação suspeita de tráfico de drogas no Caribe. A decisão veio após uma reportagem do Washington Post revelar que o secretário de Defesa, Pete Hegseth, ordenou verbalmente que nenhum tripulante fosse deixado vivo.
O episódio ocorreu em 2 de setembro, quando um míssil destruiu o barco e imagens de um drone mostraram dois membros da tripulação ainda com vida, agarrados aos destroços. Segundo fontes, o comandante das Forças de Operações Especiais ordenou um segundo ataque para cumprir a determinação de Hegseth, matando os sobreviventes.
A revelação provocou reação no Congresso, com os presidentes dos comitês de Forças Armadas do Senado e da Câmara pedindo uma “apuração completa” dos fatos. Parlamentares pediram documentos, registros de ordens e a fundamentação legal para a operação.
Reações e Consequências
Hegseth respondeu às críticas afirmando que as ações são “legais, autorizadas e eficientes” e que traficantes mortos são “integrantes de organizações terroristas designadas”. No entanto, a postura do Pentágono gerou crescente irritação no Congresso, com o Departamento de Defesa se recusando a levar advogados capazes de explicar a base jurídica dos ataques.
Um grupo de ex-procuradores das Forças Armadas divulgou um relatório reforçando que, mesmo em contexto de confronto, a lei internacional exige que sobreviventes incapazes de lutar sejam resgatados e tratados como prisioneiros de guerra. “As ações descritas não deixam margem: trata-se de violação grave, seja como crime de guerra, seja como homicídio”, diz o documento.
Os parlamentares que receberam o briefing do Comando de Operações Especiais classificaram a justificativa como implausível. “É absurdo alegar que os restos de um pequeno barco representam risco em um oceano imenso. E matar sobreviventes é ilegal”, disse o deputado Seth Moulton (D-Massachusetts).
Próximos Passos
Agora, com comitês do Senado e da Câmara atuando em conjunto, a pressão por transparência sobre as operações conduzidas pelo governo Trump na região deve aumentar nas próximas semanas. A investigação pode levar a consequências graves para o secretário de Defesa e para a administração Trump.
- Investigação formal sobre a operação militar
- Pedidos de documentos e registros de ordens
- Pressão por transparência sobre as operações na região
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