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Impacto do Tarifaço nos Exportadores de Café Brasileiros

O Brasil, um dos principais produtores e exportadores de café do mundo, enfrenta um desafio significativo com a imposição de uma tarifa de 50% sobre seus produtos importados pelos Estados Unidos. Essa medida pode levar a uma perda de espaço no mercado americano, que é o maior consumidor de café do mundo, e abrir oportunidades para outros fornecedores, como México, Honduras e Colômbia.

De acordo com o diretor executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, o grande receio é perder o acesso ao maior mercado global, onde estão as principais empresas do setor. Isso poderia resultar em um prejuízo enorme para os exportadores brasileiros, que levaram muito tempo para conquistar o primeiro lugar no mercado americano.

Consequências da Tarifa

A tarifa de 50% imposto sobre o café brasileiro inviabiliza os embarques para os EUA, de acordo com o Cecafé. Além disso, o aumento de 40% no preço internacional do café somado à tarifa torna ainda mais difícil para os exportadores brasileiros competir no mercado americano.

Os dados do Cecafé apontam para uma queda de 52,8% nos embarques de café para o mercado norte-americano em setembro, com apenas 332.831 sacas exportadas. No ano passado, a exportação brasileira de café para os EUA somou 8,1 milhões de sacas e US$ 2 bilhões, representando 16% de tudo o que o País exportou.

Estratégias para Mitigar o Impacto

O setor exportador defende a inclusão do café na lista de exceções ao tarifaço, e as sinalizações dos importadores são de que o produto é o item número 1 na lista para potenciais novas exceções. Além disso, a abertura de diálogo entre os países, iniciada com a conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, pode contribuir para a suspensão geral da tarifa ou a ampliação da lista de exceções.

Em paralelo, o setor busca a diversificação de mercados, com países como China e Austrália despontando como destinos em crescimento para o consumo do grão brasileiro. No entanto, os movimentos de preservação de mercados consolidados, como Estados Unidos e Europa, e a abertura de novos destinos são pautas distintas que não devem se sobrepor.

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