Com sinais mistos na Ata, alguns economistas acreditam em corte de juros em janeiro
A ata da última reunião do Copom, divulgada pelo Banco Central, trouxe alguns pontos importantes que reforçam a decisão de manutenção de juros em 15%. No entanto, a ponderação entre os riscos no documento mantêm os economistas em posições divergentes sobre o início dos cortes em 2026.
Para alguns economistas, como Rodolfo Margato, da XP, a ata indica que o espaço para uma política monetária menos restritiva em 2026 está aberto, mas ele manteve a projeção de início de um ciclo gradual de flexibilização para março. Já para outros, como Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, a ata confirmou o tom menos duro já expresso no comunicado e sugere que o Comitê segue convicto de que o atual patamar de juros é suficiente para trazer a inflação para o centro da meta.
Algumas das principais razões pelas quais os economistas acreditam em um corte de juros em janeiro incluem:
- A desaceleração moderada da atividade econômica;
- A inclusão do efeito da isenção do Imposto de Renda no cenário-base do Comitê;
- A maior convicção do Comitê de que a taxa atual já é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.
No entanto, outros economistas, como Daniela Lima, da Kinea, e Ariane Benedito, do PicPay, têm uma leitura mais conservadora da ata e não veem sinais claros de um corte de juros em janeiro.
Em resumo, a ata do Copom trouxe sinais mistos que mantêm os economistas em posições divergentes sobre o início dos cortes em 2026. No entanto, a maioria dos economistas concorda que a política monetária restritiva por tempo prolongado é necessária para garantir a convergência da inflação à meta.
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