Em um momento crucial para as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se manifestou enfaticamente em defesa da transparência, do diálogo aberto e do comércio justo. Durante seu pronunciamento, a representante da CNA, demonstrou preocupação em relação às tarifas preferenciais, destacando que apenas uma pequena parcela das exportações brasileiras do setor (5,5%) é beneficiada por elas.
A CNA enfatizou que a maior parte das importações brasileiras, mais de 90%, adota o princípio da Nação Mais Favorecida, que assegura tratamento igualitário aos produtos norte-americanos. Essa medida, segundo a Confederação, é fundamental para manter um ambiente de negócios equilibrado e mutuamente benéfico entre os dois países.
Benefícios Mútuos na Relação Comercial
A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos traz vantagens significativas para ambos os lados. Em 2024, o Brasil importou mais de US$ 1,1 bilhão em fertilizantes, máquinas agrícolas e sementes do mercado americano. Esses produtos são essenciais para o desenvolvimento e a modernização do agronegócio brasileiro.
No setor de etanol, os números também são expressivos. Em 2024, o Brasil importou dos EUA 17 vezes mais etanol do que da Índia, evidenciando a forte parceria e a dependência do mercado americano para suprir a demanda interna.
Regulações Ambientais e Sustentabilidade
A CNA também abordou a questão ambiental, ressaltando que o Brasil possui um dos marcos regulatórios mais rigorosos do mundo. O Código Florestal exige a preservação de vegetação nativa em propriedades privadas, garantindo a conservação de importantes áreas do território nacional.
Atualmente, 66% do território nacional está coberto por vegetação nativa, sendo que metade dessa área se encontra dentro de imóveis rurais privados. Esse dado demonstra o compromisso dos produtores rurais brasileiros com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.
A iniciativa da CNA em promover o diálogo e defender o comércio justo é crucial para fortalecer as relações entre Brasil e Estados Unidos. Ao buscar a transparência e a igualdade de tratamento, a Confederação contribui para um ambiente de negócios mais estável e próspero para ambos os países.