Sem poder fazer apartes, os demais ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) permanecem calados e quietos durante o voto do ministro Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos outros sete envolvidos na tentativa de golpe de estado.
Fux, em sua análise das preliminares, questionou o foro adequado para julgar o caso e divergiu em vários pontos dos votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Ele absolveu, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais réus da acusação de organização criminosa armada.
É comum em julgamentos na Corte, os ministros pedirem apartes e fazerem perguntas ou considerações, mas desta vez a fala do ministro Fux não teve nenhuma interrupção. Desde ontem, ele pediu para que os colegas não fizessem interrupções durante o voto.
Alexandre de Moraes permaneceu boa parte do julgamento de cabeça baixa, enquanto o ministro Flávio Dino demonstrou incômodo em alguns momentos. Carmen Lúcia, que ainda não votou, permaneceu quieta.
O próximo voto, previsto para amanhã, é exatamente o de Carmen Lúcia. É possível que os Moraes e Dino aproveitem possíveis apartes para rebater os argumento de Fux, o que não vai acontecer durante o voto do ministro hoje.
Questionados pela reportagem do InfoMoney durante o intervalo do julgamento, os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Vilardi e Paulo Bueno, afirmaram que vão comentar o voto do ministro Luiz Fux quando terminar a sessão, mas adiantaram que ficaram satisfeitos com as preliminares apresentadas nesta manhã.
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