CELAC e UE se Reúnem na Colômbia para Fortalecer Laços
A cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE) está sendo realizada na Colômbia, com o objetivo de estreitar laços entre os países europeus, da América Latina e do Caribe. O evento ocorre em um momento de tensão aberta entre a Colômbia e os Estados Unidos, devido a divergências sobre política antimigratória e de drogas.
A Colômbia busca a assinatura da declaração de Santa Marta, que aborda temas como energias renováveis, segurança alimentar, financiamento e cooperação tecnológica. No entanto, a ausência de chefes de Estado e figuras de alto nível, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, pode afetar os resultados do encontro.
Segundo o diretor de Política Internacional do Centro de Pesquisa em Economia e Política (CEPR), Alexander Main, a presença de líderes alinhados politicamente pode dar espaço para debates sobre temas divisivos, como o desdobramento militar dos Estados Unidos no Caribe e os ataques navais letais. Main considera que esses temas serão debatidos, apesar de muitos líderes europeus preferirem ignorá-los para evitar acirrar as tensões com os Estados Unidos.
Alguns dos principais temas que serão discutidos na cúpula incluem:
- Energias renováveis e segurança energética
- Segurança alimentar e cooperação agrícola
- Financiamento e cooperação tecnológica
- Desdobramento militar dos Estados Unidos no Caribe e ataques navais letais
O professor e pesquisador de Relações Internacionais da Universidade Externado da Colômbia, David Castrillón Kerrigan, afirma que trazer à mesa temas sensíveis relacionados aos Estados Unidos faria com que a cúpula fracasse. Em vez disso, a Colômbia deve se concentrar em fazer do evento um sucesso, priorizando a cooperação e o diálogo entre os países participantes.
A cúpula da CELAC e da UE é uma oportunidade importante para os países da região discutirem temas de interesse comum e fortalecerem laços de cooperação. Embora haja desafios e tensões, o evento pode ser um passo importante para a construção de uma relação mais forte e solidária entre a América Latina, o Caribe e a Europa.
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