Pressão para Declaração de Organização Narcoterrorista
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, está intensificando as negociações com o governo dos Estados Unidos para que o Comando Vermelho (CV) seja incluído na lista americana de organizações narcoterroristas. Isso permitiria a aplicação de sanções econômicas e cooperação direta com órgãos como a DEA, FBI e ONU.
A proposta defendida por Castro e outros governadores de direita segue o modelo usado pelos EUA para enquadrar cartéis como o Tren de Aragua, da Venezuela, e o Los Zetas, do México. O objetivo é fortalecer a luta contra o narcotráfico e a violência no Rio de Janeiro, que recentemente foi palco de uma megaoperação que resultou em mais de 120 mortos.
- A inclusão do CV na lista de organizações narcoterroristas permitiria a facilitação de pedidos de extradição de chefes do CV refugiados em países vizinhos.
- A ampliação da cooperação internacional com agências de combate ao narcotráfico.
- O bloqueio de empresas de fachada e aliados econômicos ligados à facção.
No entanto, o governo Lula está tratando a proposta com cautela, avaliando que a designação do CV como organização terrorista poderia ter efeitos colaterais graves, como sanções financeiras a bancos ou à própria União. Integrantes do governo citam o precedente da Lei Magnitsky, usada para impor sanções a autoridades estrangeiras.
Castro esteve no escritório da DEA em Nova York, buscando firmar um acordo direto com o governo estadual, mas a cooperação com a DEA precisa passar pela Polícia Federal, que representa a União em tratados de segurança. Com o avanço do projeto antifacção e a escalada da violência no Rio, governadores alinhados à direita pretendem recolocar o tema da designação do CV como grupo terrorista no centro do debate político.
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