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Brasil segue em trajetória de dívida pública insustentável com juros elevados

O Brasil mantém uma trajetória de dívida pública considerada insustentável, com juros persistentemente altos, resultado de políticas fiscais que priorizam o gasto público acima do controle do endividamento. Segundo o economista-chefe e sócio da Vinland Capital, Aurélio Bicalho, mesmo em períodos de queda da dívida, nos anos 2000, o país convivia com taxas de juros elevadas.

Isso ocorre porque, enquanto o PIB potencial girava em torno de 2% a 3%, os gastos do governo cresciam cerca de 6% ao ano em termos reais, o dobro da capacidade de expansão da economia. A pressão fiscal limitava o espaço para o setor privado, tornando inevitável a manutenção de juros reais elevados.

Análise do economista

A análise de Bicalho foi apresentada durante participação no Stock Pickers, programa apresentado por Lucas Collazo. Ele defende que programas sociais precisam ser específicos, eficientes e voltados à mobilidade social, evitando transformar gastos públicos em simples estímulo ao consumo.

Segundo Bicalho, a discussão pública concentra-se erroneamente no “sintoma” dos juros altos, ignorando a “causa” do problema: o desequilíbrio fiscal. Ele explica que políticas de estímulo ao gasto em excesso pressionam a demanda privada, obrigando o Banco Central a manter juros elevados para equilibrar a economia.

Impacto no mercado

O economista ressaltou que fatores políticos também afetam a percepção do mercado. Segundo ele, o “fator idiossincrático” — a popularidade do presidente independentemente das condições macroeconômicas — perdeu força nos últimos anos, aproximando a avaliação atual do governo de históricos de líderes que não conseguiram reeleição ou sucessão política.

No entanto, o mercado financeiro começa a precificar uma eventual queda de juros. “Historicamente, três meses antes da virada do ciclo, a Bolsa tende a subir. Esse movimento já se desenha”, afirmou Bicalho.

Ele destacou que fatores externos, como enfraquecimento do dólar e expectativas de política monetária do Fed, podem impulsionar ativos brasileiros. A Vinland, gestora de investimentos, ajustou posições em NTNBs longas, moedas estrangeiras e estratégias de Bolsa para capturar valorização diante de juros mais baixos e mudança na política econômica.

  • A Vinland se prepara para diferentes cenários, investindo em áreas de crédito, macro e ações de forma diversificada, com análise rigorosa e fundamentada em dados históricos e projeções.
  • A gestora se adapta rapidamente às mudanças políticas ou macroeconômicas, mantendo foco no retorno para o cliente.
  • O trabalho coletivo dentro da Vinland é fundamental, com análise profunda, estudo e evidência, não por autoridade ou opinião pessoal.

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