Crédito Imobiliário: O Que Mudou e Quem Será Afetado
O crédito imobiliário no Brasil está passando por mudanças significativas, com o objetivo de ampliar o acesso à casa própria para mais pessoas. No entanto, essas mudanças também podem ter um impacto nos lucros dos bancos. De acordo com o JPMorgan, as novas regras do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional devem aumentar as concessões de crédito habitacional, mas limitar as margens de lucro das instituições financeiras.
Uma das principais mudanças é o fim da obrigação de direcionar 65% dos depósitos de poupança para o crédito imobiliário. Isso significa que os bancos terão mais liberdade para usar outras fontes de captação, como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra Imobiliária Garantida (LIG). Além disso, o valor máximo dos imóveis financiáveis pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) aumentará de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, e o custo efetivo total ficará limitado a 12% ao ano.
Quem Será Beneficiado e Quem Será Afetado
As mudanças devem beneficiar o público de renda média, que ganha entre R$ 12 mil e R$ 20 mil por mês e que costuma ficar fora do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). No entanto, os bancos podem ser afetados negativamente, pois o crédito imobiliário tem um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) menor do que outros produtos bancários.
Os principais pontos das mudanças incluem:
- Fim da obrigação de direcionar 65% dos depósitos de poupança para o crédito imobiliário;
- Aumento do valor máximo dos imóveis financiáveis pelo SFH de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões;
- Limitação do custo efetivo total a 12% ao ano;
- Transição gradual para o novo modelo entre 2026 e 2027.
Em resumo, as mudanças no crédito imobiliário devem aumentar o acesso à casa própria para mais pessoas, mas também podem limitar os lucros dos bancos. É importante que as instituições financeiras se adaptem às novas regras e encontrem formas de manter sua rentabilidade.
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