Aprovação de Aumento de Capital no Banco Master
O Banco Central (BC) aprovou um aumento de capital de R$ 840 milhões em duas instituições controladas pelo grupo Banco Master. O Banco Master Múltiplo poderá receber R$ 420 milhões, enquanto a Will Financeira (Will Bank) receberá R$ 419 milhões. Com esses aportes, o capital social do Master sobe para R$ 1,586 bilhão e o da Will Financeira chega a R$ 789 milhões.
Essa decisão ocorre apenas um mês após o BC rejeitar a proposta do Banco de Brasília (BRB) para adquirir o controle do Banco Master, uma operação avaliada em R$ 2 bilhões. A rejeição foi motivada por irregularidades processuais e contestação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Controvérsia e Regulação
O Banco Master vinha sendo alvo de desconfiança do mercado devido à sua política de captação agressiva, oferecendo rendimentos muito acima da média. Isso levou à abertura de investigações pelo MPDFT e pelo Ministério Público Federal (MPF) e à adoção de medidas mais rígidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em agosto, o CMN impôs novas regras para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), limitando a alavancagem e aumentando as contribuições de bancos com perfil de maior risco. Essas mudanças visam reduzir o “risco moral” – quando instituições assumem riscos excessivos por contarem com a proteção do FGC.
Reforço Patrimonial
O grupo Master manteve o plano de reforço patrimonial, somando R$ 2,84 bilhões em aumentos de capital ao longo do ano. A aprovação do BC é vista como uma tentativa de estabilizar as finanças do conglomerado e preservar sua liquidez, após meses de pressão regulatória e especulações sobre sua situação de solvência.
A decisão do BC indica a possibilidade de que o grupo Master pode continuar a operar, desde que reforçado com capital próprio e sujeito a regras prudenciais mais rígidas. Isso demonstra a importância da regulação e do reforço patrimonial para garantir a estabilidade do setor financeiro.
- Aprovação de aumento de capital de R$ 840 milhões no Banco Master.
- Reforço patrimonial do grupo Master com R$ 2,84 bilhões em aumentos de capital.
- Impostas novas regras para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para reduzir o “risco moral”.
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