Ata do Copom: Selic a 15% por Período Prolongado
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15% devido às incertezas do cenário econômico externo e à moderação no crescimento interno. Essa decisão foi divulgada na ata da última reunião do Copom, que ocorreu nos dias 16 e 17 de setembro.
A avaliação do Copom aponta que a conjuntura econômica dos Estados Unidos e as tarifas impostas pelo país têm tido um maior impacto na formação dos preços de mercado do que temas estruturalmente desafiadores. Além disso, o Comitê destaca a importância de manter a taxa de juros atual por um período prolongado para garantir que a meta da inflação seja alcançada.
Cenários Interno e Externo
No cenário interno, o Copom avalia que a conjuntura de atividade econômica doméstica segue indicando certa moderação no crescimento. Os estímulos fiscais ou de crédito ainda não provocaram impactos relevantes para alterar esse cenário. Já no cenário externo, o Comitê cita a conjuntura econômica dos Estados Unidos e as tarifas impostas pelo país como fatores que têm tido um maior impacto.
Os principais pontos da ata do Copom incluem:
- Mantenção da taxa Selic em 15% por período prolongado.
- Importância de manter a taxa de juros atual para garantir que a meta da inflação seja alcançada.
- Cenário econômico externo incerto, com impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
- Moderação no crescimento interno, com estímulos fiscais ou de crédito não provocando impactos relevantes.
Meta da Inflação
Em relação à inflação, o Comitê ressalta que as expectativas permanecem acima da meta de inflação em todos os horizontes, mantendo o cenário de inflação adverso. A meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) é 3%, com intervalo de tolerância de menos 1,5 ponto percentual e mais 1,5 ponto percentual.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Com a decisão, o Copom prevê que a variação da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feche 2025 em 4,8%, ainda acima da margem de tolerância.
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