Henrique Silva, sócio-fundador da Invés, acredita que a transparência é a chave para fortalecer o vínculo entre assessor de investimentos e cliente. Foi essa visão que o levou a apostar no fee based, modelo em que a remuneração do profissional é uma taxa fixa previamente acordada entre as partes.
A opção não significa rejeição a outros modelos, como o de comissão por produto investido, ainda predominante no Brasil. Pelo contrário: a Invés trabalha com diferentes formas de remuneração. O diferencial está em oferecer ao investidor a possibilidade que mais se adapta ao perfil e objetivos do cliente.
“Nosso objetivo é que o cliente saiba exatamente como está sendo atendido. Criamos a Invés para oferecer a assessoria que eu gostaria que meu próprio pai tivesse: transparente, alinhada e sem atalhos”
No fee based, o cliente contrata o assessor como um prestador de serviços, de maneira semelhante ao que ocorre em mercados internacionais. Essa lógica abre espaço para uma relação de longo prazo, em que as expectativas ficam bem definidas desde o início.
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Um modelo que ganha espaço no Brasil
A Invés, que administra R$ 2,4 bilhões, busca mostrar como o fee based pode ser incorporado de forma prática no dia a dia da assessoria. Para investidores que optam por esse formato, a cobrança é clara e antecipada, o que contribui para a previsibilidade do serviço.
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Silva relata casos em que, ao comparar diferentes modelos de remuneração, clientes perceberam que a clareza na forma de contratação traz maior tranquilidade para focar no patrimônio de longo prazo. “No primeiro ano, muitos entendem que estão contratando uma gestão estruturada, com acompanhamento próximo e personalizado”, afirma o executivo, que não esconde o entusiasmo com o modelo.
“É uma relação de parceria, em que assessor e cliente compartilham objetivos bem definidos”
Esse alinhamento tem atraído investidores de diferentes perfis, especialmente aqueles que valorizam previsibilidade e segurança na gestão financeira.
O olhar para fora e as perspectivas no Brasil
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, o fee based já é amplamente adotado por investidores de maior patrimônio. Pesquisas mostram que, nesses mercados, a previsibilidade da remuneração foi fundamental para a consolidação do modelo.
No Brasil, esse movimento ainda é recente, mas vem ganhando força. Para Silva, a tendência é de expansão, especialmente à medida que os clientes passam a conhecer melhor as diferentes formas de contratação.
Ele acredita que, em um horizonte de cinco anos, o fee based deixará de ser visto como um formato alternativo e se tornará mais comum no mercado de assessoria.
“O maior benefício é a tranquilidade. O cliente tem a segurança de que alguém técnico e qualificado está cuidando da sua vida financeira com seriedade, clareza e proximidade”
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Transparência como pilar de relacionamento
Na Invés, a transparência é tratada como um ativo estratégico. Os relatórios entregues aos clientes são elaborados em linguagem simples e sem jargões, para que qualquer investidor compreenda a evolução de sua carteira.
O escritório também divulga indicadores de satisfação, como o NPS (Net Promoter Score), que hoje está em 97 pontos, demonstrando a consistência no relacionamento. Para Silva, essa clareza fortalece a confiança.
“Quando o cliente entende que o assessor está do mesmo lado da mesa, a relação se torna de longo prazo”, destaca.
A prática tem contribuído para a fidelização e para a criação de um vínculo em que o investidor percebe valor além dos números: na transparência, no cuidado e na previsibilidade do serviço.
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