Apesar do Otimismo, Trump Diz que Acordo sobre a Ucrânia Pode não se Concretizar
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou otimismo em relação ao avanço das negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, mas também reconheceu que o processo permanece sujeito a impasses capazes de interromper as conversas. Essa avaliação foi feita após uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizada na Flórida.
Em uma coletiva de imprensa concedida após cerca de três horas de conversas, Trump afirmou que as negociações avançaram, mas evitou apontar prazos ou detalhar concessões. “Estamos chegando mais perto, talvez muito perto”, disse. No entanto, ele também ponderou que o desfecho ainda não está garantido. “Pode surgir algo inesperado, um ponto que ninguém estava considerando, e isso pode interromper tudo”, afirmou.
Desafios e Entraves
Trump classificou o processo como difícil e destacou que apenas nas próximas semanas será possível saber se haverá um acordo. “Em algumas semanas, vamos saber de um jeito ou de outro”, disse. Entre os principais entraves mencionados está a questão territorial, especialmente o futuro da região do Donbas, no leste da Ucrânia.
Zelensky reforçou que qualquer decisão sobre território precisará respeitar a legislação ucraniana e a vontade da população. “Temos que respeitar nossa lei e nosso povo. Respeitamos o território que controlamos”, disse. Ele também mencionou a possibilidade de realizar um referendo sobre pontos específicos do plano de paz.
Perspectivas e Próximos Passos
O presidente ucraniano declarou que cerca de 90% de um plano de paz mais amplo já alcançou algum nível de consenso. Segundo ele, há concordância total com os Estados Unidos em relação às garantias de segurança e aos aspectos militares. Trump também destacou que um eventual acordo dependerá do aval do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Equipes dos Estados Unidos, da Ucrânia e de países europeus continuarão se reunindo nas próximas semanas. Trump e Zelensky adotaram um tom cauteloso ao final da coletiva, reiterando a crença em um acordo próximo, mas alertando que o processo pode fracassar diante de entraves ainda não resolvidos.
- Questão territorial, especialmente o futuro da região do Donbas.
- Garantias de segurança como condição central para qualquer solução duradoura.
- Possibilidade de realizar um referendo sobre pontos específicos do plano de paz.
As declarações ocorreram em um momento de intensificação recente do conflito, com a Rússia realizando ataques contínuos contra Kiev e deixando mortos e feridos. A visita de Trump à Ucrânia para ajudar a destravar as negociações não foi descartada, mas considerada pouco provável.
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