Análise: Trump dá “volta olímpica”, mas evita responder sobre próximos passos em Gaza
O presidente Donald Trump realizou uma visita a Israel, onde foi recebido com grande aplauso e elogios por seu papel na libertação de reféns e no cessar-fogo após dois anos de guerra. Em seu discurso no Knesset, Trump declarou que este é “não apenas o fim de uma guerra, mas o fim da era do terror e da morte” e expressou sua esperança de que este seja o “amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”.
Trump também fez uma oferta ao Irã para iniciar negociações que poderiam acabar com décadas de inimizade e isolamento, mas a oferta não gerou uma resposta entusiasmada. Em vez disso, o presidente se concentrou em elogiar a força militar de Israel e detalhar os assassinatos de cientistas nucleares iranianos por Israel durante os 12 dias de bombardeios no país.
No entanto, por baixo da superfície, havia diferenças evidentes sobre o futuro da Faixa de Gaza e se o cessar-fogo levaria necessariamente a uma paz duradoura. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi mais cauteloso em suas declarações, saudando a libertação dos reféns, mas se recusou a discutir se Israel retomaria as hostilidades caso o Hamas não se desarmasse ou deixasse o território.
Trump escolheu ignorar os possíveis obstáculos futuros e se concentrou em avaliar a personalidade de Netanyahu, descrevendo-o como “não o cara mais fácil de lidar, mas é isso que o torna ótimo”. O presidente também falou sobre as horas de conversa que seu enviado especial, Steve Witkoff, teve com o presidente russo Vladimir Putin.
Em resumo, a visita de Trump a Israel foi marcada por grande aplauso e elogios, mas também por uma falta de clareza sobre os próximos passos em Gaza e o futuro da região. A implementação do plano de 20 pontos de Trump para a região ainda é incerta, e a discussão pública sobre o assunto foi limitada.
- Trump foi recebido com grande aplauso em Israel por seu papel na libertação de reféns e no cessar-fogo.
- O presidente fez uma oferta ao Irã para iniciar negociações, mas a oferta não gerou uma resposta entusiasmada.
- Houve diferenças evidentes sobre o futuro da Faixa de Gaza e se o cessar-fogo levaria necessariamente a uma paz duradoura.
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