Ambipar: Entendendo a Crise
A Ambipar, empresa de serviços de emergência ambientais, enfrenta uma grave crise de confiança dos investidores após entrar com pedido de proteção contra credores. Isso levou a uma queda significativa nas ações da empresa, com perdas de 61,48% na véspera e 49,09% na sexta-feira, fechando em R$ 1,40.
Os principais pontos da crise incluem:
- Supostas irregularidades em um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) onde a Ambipar afirma estar parte de seu caixa.
- Pedido de tutela cautelar, uma medida de proteção emergencial contra pressões de credores, devido ao risco de disparar cláusulas de vencimento antecipado (cross default), que a obrigaria a quitar mais de R$ 10 bilhões de imediato.
- Contestação da decisão que concede proteção contra credores pelo Banco Sumitomo, alegando que a empresa usou contratos específicos para blindar 353 sociedades e questionando a real necessidade da medida.
A empresa contratou a BR Partners para assessorar a reestruturação da dívida, e um grupo de bondholders se organiza para iniciar conversas com a empresa. Especialistas, como Max Mustrangi, CEO da Excellance, acreditam que o pedido de recuperação judicial pela Ambipar é iminente, devido às dívidas crescentes e aos indicadores financeiros em deterioração.
As agências de riscos, como a Fitch e a S&P Global Ratings, rebaixaram as classificações de crédito da Ambipar, refletindo um evento de inadimplência restrita ou um pedido de recuperação judicial. Para investidores, o cenário inspira máxima cautela, com a XP Investimentos recomendando prudência e considerando as perspectivas nebulosas.
Em resumo, a crise da Ambipar é resultado de uma combinação de fatores, incluindo supostas irregularidades, pedido de proteção contra credores e dívidas crescentes. A empresa enfrenta um desafio significativo para reestruturar sua dívida e recuperar a confiança dos investidores.
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