Agência de Saúde dos EUA Sugere Possível Relação entre Vacinas e Autismo
A principal autoridade sanitária dos Estados Unidos reformulou a área de seu site dedicada à segurança de vacinas e passou a sustentar que não há elementos suficientes para descartar uma relação entre imunização infantil e autismo.
Essa mudança representa um rompimento com o histórico posicionamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que há décadas reafirma a ausência de vínculo entre os dois temas. A revisão foi publicada dias após Robert F. Kennedy Jr. assumir o comando do Departamento de Saúde e Serviços Humanos no governo Donald Trump.
Kennedy, um dos nomes mais influentes do movimento antivacina no país, defende que imunizantes podem estar associados ao desenvolvimento do transtorno do espectro autista, tese rejeitada por pesquisas científicas e por instituições médicas do mundo inteiro.
Reações do Meio Científico
A alteração gerou reações imediatas no meio científico. A Organização Mundial da Saúde e outras agências internacionais reiteraram que a literatura médica é ampla, consistente e conclusiva: vacinas não provocam autismo.
Para pesquisadores e entidades médicas, o episódio pode estimular dúvidas sobre imunização infantil e comprometer campanhas de vacinação em um momento de aumento de surtos de sarampo, coqueluche e outras doenças já controladas no passado.
Os principais pontos a considerar sobre essa mudança incluem:
- A falta de novos dados que justifiquem a mudança de orientação do CDC.
- A possibilidade de que essa mudança estimule dúvidas sobre a segurança das vacinas.
- A importância de manter a confiança na comunidade científica e nas instituições de saúde.
O CDC não explicou quais critérios técnicos motivaram a revisão do conteúdo, o que deixa muitas questões sem resposta.
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