Ações da Petrobras e Braskem: Entendendo o Impacto da Dívida e Reestruturação
As ações da Braskem (BRKM5) sofreram uma queda significativa de quase 4% em uma única sessão, após um recuo de mais de 40% apenas em 2025. Essa movimentação negativa também afetou as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), com PETR3 recuando 2,17% e PETR4 perdendo 1,40% às 15h40 da mesma segunda-feira.
De acordo com analistas do BTG, a reestruturação da dívida da Braskem pode ter um impacto significativo para a Petrobras, especialmente se houver conversão de dívida em capital próprio no balanço da Braskem. Nesse cenário, a Petrobras poderia precisar injetar capital para manter sua participação de até 49% na Braskem, o que poderia afetar diretamente o retorno aos acionistas.
Um relatório sobre a possível reestruturação da Braskem destaca que, se 25% da dívida da Braskem (US$ 1,7 bilhão) fosse convertida em capital próprio, a Petrobras precisaria igualar esse valor com uma injeção adicional de US$ 1,7 bilhão para evitar diluição. Isso poderia resultar em uma alavancagem da Braskem de 2,6 vezes a dívida líquida sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) até 2026.
Além disso, a análise afirma que o dividend yield da Petrobras poderia cair cerca de 0,8 pontos percentuais, para 8,2%, se a hipótese de capitalização se tornasse realidade. Isso porque a Petrobras precisaria continuamente acompanhar qualquer conversão de dívida com capital fresco para preservar sua participação, o que impactaria diretamente o retorno aos acionistas.
As quedas sucessivas das ações da Petrobras também estão relacionadas à aprovação do teste realizado no processo de pedido de autorização para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exploração do bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial. Apesar da aprovação do órgão ambiental federal, foram solicitados ajustes para concessão de licença final à petroleira.
Em resumo, as ações da Petrobras e Braskem estão enfrentando desafios significativos devido à reestruturação da dívida da Braskem e às questões ambientais relacionadas à exploração do bloco FZA-M-59. A Petrobras precisará tomar medidas para preservar sua participação na Braskem e garantir o retorno aos acionistas.
- Ações da Braskem caem quase 4% em uma sessão;
- Ações da Petrobras recuam 2,17% e 1,40%;
- Reestruturação da dívida da Braskem pode afetar a Petrobras;
- Petrobras pode precisar injetar capital para manter participação na Braskem;
- Dividend yield da Petrobras pode cair se hipótese de capitalização se tornar realidade.
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