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Mulheres sem o lenço hijab competem em maratona no Irã; Justiça prende organizadores

Mulheres sem o Lenço Hijab Competem em Maratona no Irã

No Irã, um evento esportivo recente ganhou atenção internacional devido à ousadia de suas participantes. Uma maratona realizada na ilha de Kish, no sudoeste do país, contou com a participação de cerca de 5.000 corredores, em provas separadas para homens e mulheres. O que chamou a atenção, no entanto, foi a decisão de várias mulheres de competir sem o uso do hijab, o lenço islâmico que cobre a cabeça e o pescoço, obrigatório no país desde a Revolução Islâmica de 1979.

A decisão das mulheres de não usar o hijab durante a maratona foi vista como um ato de desafio às leis e regulamentos do país. De acordo com o órgão judicial Mizan, do Ministério Público, o evento violou a decência pública, levando à abertura de um processo criminal contra os organizadores. Como resultado, dois organizadores da maratona foram presos.

A ilha de Kish, localizada no Golfo Pérsico, é uma zona de livre comércio e tem sido um destino turístico popular. As leis de cobertura da cabeça são aplicadas de forma menos rigorosa na região, o que pode ter contribuído para a decisão das mulheres de não usar o hijab durante a maratona.

Reações e Consequências

A jornalista Masih Alinejad, ativista dos direitos das mulheres no Irã e exilada nos Estados Unidos, compartilhou um vídeo nas redes sociais mostrando dezenas de mulheres competindo na maratona sem o hijab. Ela destacou que a Federação Iraniana de Atletismo tentou impedir a maratona devido à recusa das mulheres em usar o véu, mas não conseguiu.

Alinejad também citou uma mulher que disse: “Acabou. O regime islâmico está cancelado.” Isso reflete o sentimento de resistência entre as mulheres iranianas, que continuam a desafiar as leis e regulamentos do país.

As consequências para as mulheres que não usam o hijab no Irã podem ser severas, incluindo longas penas de prisão, multas e proibições de viagem. A polícia da moralidade do país é frequentemente responsável por aplicar essas leis.

  • 5.000 participantes na maratona, em provas separadas para homens e mulheres.
  • Várias mulheres competiram sem o uso do hijab, desafiando as leis do país.
  • Dois organizadores da maratona foram presos devido à violação da decência pública.

Esse evento é um exemplo da luta contínua das mulheres iranianas por direitos e liberdades. A resistência às leis e regulamentos do país é um sinal de que as mulheres não estão dispostas a aceitar as restrições impostas a elas.

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