Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho Brasileiro
De acordo com o levantamento Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diretores e gerentes negros recebem, em média, 34% menos que os brancos nos mesmos cargos. Essa diferença salarial é de R$ 3.385, com os brancos ganhando R$ 9.831 e os negros R$ 6.446 por mês.
Essa disparidade é apenas um dos muitos indicadores de desigualdade racial no mercado de trabalho brasileiro. Outro exemplo é a diferença no rendimento entre brancos e negros em diferentes grupos ocupacionais. Por exemplo, nos cargos de profissionais das ciências e intelectuais, os brancos recebem R$ 7.412, enquanto os negros recebem R$ 5.192, uma diferença de R$ 2.220.
Além disso, a pesquisa do IBGE mostra que a desigualdade racial também se manifesta na distribuição dos trabalhadores por grupos ocupacionais. Enquanto 17,7% dos brancos são ocupados como diretores e gerentes, apenas 8,6% dos negros ocupam esses cargos. Já no grupo de ocupações elementares, que tem o menor rendimento médio, 20,3% dos negros estão nessa ocupação, contra 10,9% dos brancos.
- Diretores e gerentes: R$ 3.385 de diferença
- Profissionais das ciências e intelectuais: R$ 2.220 de diferença
- Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca: R$ 1.627 de diferença
A pesquisa também destaca que a obtenção de diploma de ensino superior não é suficiente para reduzir a desigualdade salarial entre brancos e negros. Além disso, a informalidade no trabalho é mais comum entre os trabalhadores negros, com 45,6% deles vivenciando condições como empregados sem carteira assinada ou trabalhadores por conta própria que não contribuem para a previdência social.
Esses dados demonstram a necessidade de políticas públicas eficazes para combater a desigualdade racial no mercado de trabalho brasileiro e promover a igualdade de oportunidades para todos os trabalhadores, independentemente de sua raça ou cor.
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