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Investir no Exterior: Um Pilar Estratégico de Longo Prazo

A visão de que investir no exterior é apenas um “extra” na carteira de um investidor brasileiro está mudando. De acordo com o head da BU de Fundos da XP, José Tibães, investir lá fora não é mais apenas oportunismo, mas sim um pilar estratégico de longo prazo. Isso significa que a alocação internacional está se tornando uma parte fundamental da carteira dos clientes.

A construção dessa tese começou há cerca de uma década, com a operação do private de Miami, e acelerou a partir de 2019, quando a XP passou a investir massivamente na oferta de fundos internacionais via feeders. Isso permitiu que os investidores brasileiros acessassem gestoras globais de forma simples e regulada.

A Origem da Virada Internacional da XP

O head de seleção de fundos, Fabiano Cintra, relembrou que a estratégia de internacionalização começou em 2018, em uma conversa com Guilherme Benchimol, fundador e presidente executivo do Conselho de Administração da XP Inc. Naquela ocasião, Benchimol expressou o desejo de trazer o que há de melhor do mundo para o Brasil.

Em 2019, a XP criou os feeders, que permitiram ao investidor brasileiro acessar veículos de gestoras internacionais de forma simples e regulada. Em pouco mais de um ano, a plataforma trouxe mais de 100 estratégias e mais de 30 gestoras globais ao Brasil.

Avanços Estratégicos

Entre 2022 e 2024, a XP intensificou a digitalização da plataforma offshore, permitindo que os clientes abrissem conta, fizessem remessas e acessassem mais de 100 produtos globais diretamente pelo app. Além disso, a companhia criou uma estrutura 100% dedicada ao internacional, com time focado em Miami e integração com os dois principais canais: a plataforma digital e o private.

O objetivo é gerar escala, padronização e qualidade superior dentro da chamada “terceira onda” da XP, que combina modelo de servir, planejamento financeiro e portfólios globais mais diversificados.

A internacionalização não é apenas uma oportunidade, mas parte do próprio propósito da XP. De acordo com o head da XP Internacional, Diego Corrêa, “não tem como ajudar as pessoas a investirem melhor sem falar de internacionalização e diversificação geográfica”.

  • A XP já ultrapassou 500 mil contas internacionais habilitadas e US$ 15 bilhões sob custódia.
  • O ritmo de crescimento segue acima de três dígitos ano a ano.
  • Seis meses após o primeiro aporte internacional, o cliente aumenta em 50% sua exposição média ao offshore.

Isso mostra que a diversificação global deixa de ser tática e passa a ser estrutural no portfólio. E o cenário doméstico também impulsiona o movimento: ano pré-eleitoral, incertezas fiscais e episódios de risco de crédito reforçam a busca por alternativas no exterior.

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