Taxa de Aluguel de Ações da Hapvida Dispara
A taxa cobrada no mercado para quem quer alugar ações da Hapvida disparou na semana passada, atingindo 39,1% ao ano, a segunda maior da B3. Isso representa um aumento significativo em relação à taxa de 0,1% registrada há apenas uma semana. Essa alta taxa de aluguel indica uma aposta na continuidade da queda da ação da Hapvida.
O aluguel de ações é uma estratégia utilizada por fundos ou gestores de recursos para apostar na queda do papel. Eles alugam a ação de outro investidor e a vendem no mercado à vista, ficando “devendo” a ação para o outro investidor. A expectativa é que, quando forem devolver a ação, ela estará mais barata, permitindo que eles cubram suas perdas ou obtenham lucro.
Outras Empresas com Taxas de Aluguel Elevadas
Além da Hapvida, outras empresas também apresentam taxas de aluguel elevadas. A Cruzeiro do Sul, por exemplo, paga 29,9% de aluguel, enquanto a Vitru paga 29,8%. A Raízen, que tenta reduzir seu endividamento, está pagando 28,0%, e a Marfrig, 23,3%.
Existem dois tipos de posição vendida: a venda coberta e a venda a descoberto. A venda coberta ocorre quando um investidor tem a ação e acha que ela vai cair, mas não quer se desfazer dela. Já a venda a descoberto, ou “short interest”, é quando o investidor não possui a ação que alugou e corre o risco de ter de comprá-la no futuro.
Crescimento das Posições Vendidas
O aumento da taxa de aluguel de Hapvida acompanha o crescimento das posições vendidas de ações da companhia no mercado. O total de ações vendidas a descoberto da Hapvida subiu para R$ 1,278 bilhão na semana passada, equivalente a 15,7% do total de ações em circulação da empresa. Isso representa um aumento de 81% em apenas uma semana.
Os dados de vendas a descoberto podem fornecer informações valiosas sobre o mercado e conter informações sobre o sentimento institucional em relação a uma ação. Quando essas métricas são altas, tende a ser um sinal de baixa, pois podem indicar que os investidores institucionais estão esperando que as ações caiam ou que estão aumentando suas apostas contra as ações.
No entanto, é importante lembrar que o maior risco nessas operações é quando ocorre o chamado “short squeeze”, quando os preços de uma ação muito vendida sobe e um grande número de investidores corre comprar as ações alugadas para fechar suas posições vendidas. Isso pode fazer o preço subir ainda mais, realimentando o ciclo de “short squeeze”.
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