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Comércio mais fraco em setembro reflete crédito caro, endividamento e menos emprego

Comércio mais fraco em setembro reflete crédito caro, endividamento e menos emprego

As vendas no comércio tiveram um recuo de 0,3% em setembro, em comparação ao mês anterior, com resultado negativo em seis dos oito setores monitorados. Esse dado reflete um cenário de crédito caro, com a taxa de juros em alta, e menor geração de emprego.

A variação veio abaixo das projeções do mercado, que esperava um avanço de 0,3%. Esse é o quinto mês consecutivo de queda do segmento nos últimos seis meses. A projeção é de que o varejo oscile perto da estabilidade nos próximos meses.

Na comparação trimestral, o recuo foi de 0,4% no terceiro trimestre de 2025 e de 1,5% no acumulado do ano, bem abaixo dos 4,2% no mesmo período de 2024. Especialistas avaliam que o consumo de bens teve uma leve queda no terceiro trimestre, em linha com o crédito caro e o arrefecimento gradual do mercado de trabalho.

Análise do setor

Seis das oito atividades pesquisadas registraram queda na margem, evidenciando um quadro disseminado de fraqueza. As retrações foram observadas em livros, jornais e papelaria, tecidos, vestuário e calçados, combustíveis, informática e comunicação, móveis e eletrodomésticos e supermercados.

O desempenho positivo se concentrou em artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria, refletindo uma maior demanda por medicamentos, e outros artigos de uso pessoal e doméstico. Especialistas consideram que os resultados são coerentes com o cenário de resiliência em itens de consumo menos cíclico.

Regionalmente, o retrato também foi fraco, com 15 das 27 unidades federativas apresentando queda no varejo restrito e 12 no ampliado. Os estados do Norte e Nordeste mostraram resultados mais heterogêneos, mas sem alterar o diagnóstico agregado.

Projeções para o futuro

A resiliência do mercado de trabalho, a expansão da renda, as festas de fim de ano e as transferências do governo devem trazer algum alívio para o varejo até o final do ano. Para 2026, o setor deve continuar influenciado pelo ambiente doméstico desafiador, mas tende a ganhar novo impulso diante da aprovação da reforma do Imposto de Renda.

Os próximos meses devem ser de vendas moderadas no varejo, sustentadas por segmentos essenciais, como farmacêuticos, mas limitadas pelo enfraquecimento do consumo nos lares e pelo arrefecimento das vendas de combustíveis e duráveis.

  • O PIB deve recuar 0,1% no terceiro trimestre e fechar 2025 com crescimento de 2% em relação ao ano passado.
  • A projeção para o PIB de 2025 é de +0,2% após a divulgação dos dados do IBGE.
  • A XP indica alta de 0,2% no terceiro trimestre e alta de 1,7% na comparação anual.

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