Resumo dos Resultados da Hapvida (HAPV3) no 3º Trimestre
A Hapvida, uma das principais operadoras de saúde do Brasil, apresentou resultados financeiros desapontadores para o terceiro trimestre de 2025. O lucro líquido da empresa foi de R$ 338 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado recorrente foi de R$ 613 milhões, uma queda de 20% em relação ao trimestre anterior e 27% abaixo da estimativa geral.
A sinistralidade caixa alcançou 75,2%, aumento de 1,3 ponto porcentual em relação ao trimestre anterior, refletindo a maior utilização sazonal e o ramp-up de novas unidades. Além disso, houve fluxo de caixa livre negativo de R$ 234 milhões, e as adições líquidas ficaram negativas em relação ao trimestre anterior de 24 mil beneficiários na região metropolitana de São Paulo.
Análise dos Principais Bancos
O Goldman Sachs apontou que a margem Ebitda ajustada recorrente foi fraca (7,9% versus 10,7% da estimativa geral), explicada por uma piora de 1,4 ponto percentual na MLR (ou índice de sinistralidade médica) em relação ao trimestre anterior. Já o BTG Pactual ressaltou que a Hapvida apresentou resultados muito fracos no 3T, aumentando o risco sobre a tese, com combinação de fatores desafiadores.
O JPMorgan foi mais longe e, além de cortar o preço-alvo, de R$ 52 para R$ 39, rebaixou a recomendação de overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para neutra. O banco americano reforça que a Hapvida reportou resultados fracos e abaixo das expectativas para o 3T25.
Conclusão
Em resumo, os resultados da Hapvida no 3º trimestre foram desapontadores, com uma queda significativa no Ebitda ajustado e uma margem Ebitda fraca. Os principais bancos revisaram suas estimativas e recomendações para a empresa, com o JPMorgan rebaixando a recomendação para neutra. O cenário competitivo não é dos melhores, com a Amil mantendo uma postura comercial mais agressiva em São Paulo, o que pode obscurecer a visibilidade de curto e médio prazo para a Hapvida.
- Lucro líquido: R$ 338 milhões
- Ebitda ajustado recorrente: R$ 613 milhões
- Sinistralidade caixa: 75,2%
- Fluxo de caixa livre: R$ 234 milhões negativos
- Adições líquidas: 24 mil beneficiários negativos na região metropolitana de São Paulo
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