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Empresas mais seguras que governos: uma nova realidade no mercado global

No mercado global de títulos, que ultrapassa US$ 150 trilhões, investidores começam a perceber que algumas empresas oferecem mais segurança que os governos mais poderosos. Essa mudança de percepção é resultado da combinação entre a forte demanda por crédito corporativo e a deterioração fiscal dos governos.

Desde a pandemia, executivos corporativos reagiram à alta dos juros com orçamentos mais enxutos e redução do endividamento. Já os governos de países ricos continuam gastando, o que aumenta a relação dívida/PIB média do G7. Como resultado, papéis emitidos por empresas como Microsoft, Airbus, L’Oréal e Siemens pagam hoje juros menores que os títulos soberanos de seus países de origem.

Por que as empresas são mais seguras?

Existem várias razões pelas quais as empresas são consideradas mais seguras que os governos. Aqui estão algumas delas:

  • Redução do endividamento: As empresas têm reduzido seu endividamento e melhorado sua saúde financeira, tornando-as mais atraentes para os investidores.
  • Disciplina de custos: As empresas têm mantido a disciplina de custos, o que as torna mais capazes de lidar com a alta dos juros.
  • Lucratividade: As empresas têm demonstrado lucratividade e capacidade de gerar fluxos de caixa, o que as torna mais seguras para os investidores.

Por outro lado, os governos enfrentam desafios fiscais significativos, com a relação dívida/PIB média do G7 projetada para seguir em alta até o fim da década. Além disso, a perda de parte do status de porto seguro dos governos é resultado da política populista e da falta de disposição para adotar medidas fiscais duras.

O que isso significa para os investidores?

Para os investidores, essa mudança de percepção significa que as empresas podem ser uma opção mais segura do que os governos. No entanto, é importante notar que a liquidez dos títulos corporativos é menor que a do mercado soberano, e o prêmio exigido pelos investidores para prazos longos ainda é maior.

Além disso, os governos mantêm uma vantagem decisiva: o poder de tributar, que podem acionar para captar recursos de grandes empresas em tempos de crise. No entanto, os investidores começam a atribuir risco crescente a governos endividados e a preferir empresas, esperando que a situação piore.

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