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JPMorgan rebaixa BB Seguridade para venda com queda da Selic e risco contratual

Rebaixamento da BB Seguridade pelo JPMorgan

O JPMorgan rebaixou a recomendação para BB Seguridade (BBSE3) de equal-weight para underweight, reduzindo o preço-alvo de R$ 40 para R$ 34 por ação. Essa decisão foi motivada por tendências desafiadoras à frente, incluindo crescimento de prêmios ganhos em dígitos baixos em 2026 e 2027 e pressão sobre a receita financeira devido à queda da taxa Selic.

Além disso, o JPMorgan lembra que o contrato da seguradora com o Banco do Brasil (BBAS3) vence em 2033, o que aumenta o risco de renovação. Diante disso, o banco aumentou o desconto de perpetuidade de 33% para 50%. Embora os comentários recentes da gestão do BB sobre a renovação e a manutenção da parceria com a BB Seguridade sejam positivos, as negociações não devem ocorrer no curto prazo, e o ano de 2026 será apertado por causa das eleições presidenciais.

Desafios Operacionais e Pressão Adicional com Queda da Selic

Além dos desafios operacionais, a redução da taxa Selic deve pressionar ainda mais os resultados, na avaliação do JPMorgan. A previsão é de queda média de 100 pontos-base na Selic em 2026 e mais 150 pontos-base em 2027, reduzindo o rendimento sobre as reservas técnicas. Cada 100 bps a menos na Selic gera um impacto negativo de cerca de R$ 100 milhões no lucro.

O agronegócio é o produto mais relevante para a BB Seguridade, representando mais de um terço da subscrição total. Embora o JPMorgan veja a recente fraqueza como principalmente cíclica, há sinais de mudança estrutural, uma vez que a participação do BB no financiamento rural teria caído de 55% em 2020 para cerca de 30% atualmente.

Recuperação do Seguro Prestamista

O JPMorgan prevê recuperação moderada nos prêmios emitidos em 2026, tendo em vista que o produto é sensível aos juros. Além disso, o lançamento recente de produtos de consignado privado e Pronampe/FGI deve gerar um impulso adicional de cerca de 2,5% no crescimento contratado para o próximo ano.

No lado negativo, o JPMorgan nota maior competição no segmento de servidores públicos (SIAPE), o que pode limitar a expansão do seguro prestamista da seguradora. Em síntese, as vendas de seguros da companhia estão fortemente ligadas à originação de crédito do Banco do Brasil, e o cenário segue desafiador.

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