Com a Selic em 15%, vale a pena investir em fundos imobiliários?
Quem entende do mercado de fundos imobiliários costuma destacar que mudanças na Selic não têm tanto impacto nos preços dos FIIs na Bolsa quanto as expectativas de juro futuro. No entanto, especialistas entrevistados pelo InfoMoney ponderam que há impacto – negativo – nos FIIs, mas só para quem tem visão de curto prazo.
A manutenção da Selic em patamares elevados diminui o apetite por risco e a atratividade relativa dos fundos imobiliários, segundo Tiago Waldeck. Já Sérgio Tormin, head de Real State na Blue3 Asset, destaca que a atratividade da renda fixa foi mantida, o que pressiona as cotas dos FIIs no curto prazo.
Vale a pena investir em fundos imobiliários agora?
Antes de responder, Danilo Bastos, analista e sócio da Ticker Research, pontua que é importante que o investidor coloque o fundo imobiliário no lugar certo dentro da alocação, mantendo foco no médio e longo prazos. Para quem tem essa visão, vale muito a pena investir em FIIs agora, principalmente para o investidor que está pensando em construção patrimonial no longo prazo.
Os especialistas defendem que o investidor deve olhar para os fundos imobiliários com foco em seus fundamentos e potencial de geração de renda recorrente, sem comparações com o CDI, referência da renda fixa. Além disso, é importante buscar fundos com gestão ativa, portfólios diversificados, baixa vacância e outros pontos positivos.
Onde investir e o que evitar
Os especialistas recomendam investir em fundos que investem em shopping centers e galpões logísticos, pois as cotas seguem bastante descontadas em relação ao valor patrimonial, o que cria potencial relevante de valorização conforme o mercado volta a precificar a normalização dos juros.
- XPMLL11: uma das indicações em shoppings
- BTLG11: sugestão em logística
- TRXF11: recomendação em renda urbana
- FATN11: sugestão em lajes corporativas
- VCJR11 e RBRR11: boas opções em fundos de papel
Já em relação ao que evitar, os especialistas concordam que fundos de papel que investem em ativos high yield (com baixa avaliação de crédito) devem ser evitados, pois tendem a apresentar maior volatilidade e risco de inadimplência em um cenário de juros elevados e atividade econômica mais lenta.
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