Big Techs Apostam em Novo Regime Tributário para Turbinar Data Centers no Brasil
O setor de tecnologia está de olho na principal mudança tributária do setor de data centers no país. Com a expectativa de uma redução de alíquota efetiva superior à projetada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), executivos de grandes empresas globais de tecnologia acreditam que o Brasil deve ganhar competitividade em nível internacional.
Do lado operacional, a isenção de tributos sobre a importação dos equipamentos necessários para colocar um data center em pé é o ponto central do Redata, ou Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter. A expectativa é que o custo dos equipamentos mais sofisticados responsáveis pelo poder de processamento desses espaços caia até próximo da metade.
Um exemplo disso é a Nvidia, maior fornecedora dos processadores mais modernos dedicados à inteligência artificial. Hoje, um servidor com cerca de oito GPUs dos modelos mais modernos da Nvidia chega ao Brasil por volta de US$ 600 mil. Com as regras do Redata, a expectativa é que essa mesma estrutura seja adquirida no Brasil por US$ 330 mil.
- O custo da energia no Brasil é estimado em um quarto do valor do insumo nos Estados Unidos.
- A disponibilidade de espaço para construção é outro ponto destacado por executivos.
- A força de trabalho no país é um desafio, mas impostos eram um problema maior.
Estima-se que os investimentos em data centers no país possam alcançar R$ 2 trilhões nos próximos dez anos, com benefícios tributários de até R$ 701 bilhões. Os investimentos podem quadruplicar a capacidade de processamento na região, de 800 megawatts para até 3 gigawatts.
Para executivos do segmento, no entanto, o potencial de investimento é até maior. O presidente da Oracle Brasil acredita que a atração seja superior a R$ 2 trilhões, com uma redução significativa de vários impostos.
Com o Redata, a expectativa é que a alíquota efetiva pela aquisição de equipamentos de tecnologia seja reduzida em cerca de 34%. Com deduções de ICMS em alguns estados, o Brasil pode se igualar às tarifas dos Estados Unidos, tornando-se realmente competitivo.
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