Análise da Marcopolo após Balanço
A Marcopolo, uma das principais empresas de fabricação de ônibus do Brasil, enfrenta uma nova sessão de forte baixa pós-balanço, com suas ações (POMO4) recuando mais de 10% na última sexta-feira (31) e continuando a cair nesta segunda-feira (3). Isso ocorre após a divulgação dos resultados do 3T25, que refletiram temores de uma possível desaceleração da demanda, motivada por receita abaixo do esperado e volumes domésticos mais fracos.
O Itaú BBA revisou suas estimativas para 2026 para baixo, esperando que o consenso siga a tendência nas próximas semanas, o que pode exercer pressão de curto prazo sobre as ações. O modelo atualizado aponta para um lucro líquido 9% menor em relação ao consenso atual de R$ 1,4 bilhão, implicando que o papel negocia a 7 vezes P/L (Preço sobre Lucro).
Catalisadores Positivos e Desafios
Apesar dos desafios, o BBA destaca catalisadores positivos como:
- Nova rodada do programa Caminho da Escola
 - Possible dividendo extraordinário
 - Maior demanda na Argentina
 - Grande pedido do Ministério da Saúde para 2026
 
Além disso, o banco também destaca o potencial de dividendos extraordinários, dado o debate sobre a tributação de dividendos no Brasil no próximo ano.
O BBA segue com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para POMO4, com preço-alvo de R$ 12. No entanto, os analistas observam que a Marcopolo é bastante negociada por fundos de hedge de São Paulo, que tendem a antecipar pontos de inflexão de curto prazo.
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