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A Demência: Um Desafio Crescente para a Saúde Pública

A demência já é considerada uma das principais causas de incapacidade no mundo e tende a crescer. Até 2050, as doenças mentais estarão entre os três maiores grupos de enfermidades na América Latina. No Brasil, oito em cada dez pessoas com algum tipo de demência sequer sabem que têm a doença.

Um dos principais motivos para esse subdiagnóstico é a falta de capacitação médica. Muitos pacientes com demência são acompanhados apenas pelo diabetes ou pela hipertensão, sem que a questão cognitiva seja sequer investigada. Além disso, a percepção cultural e o estigma também são barreiras significativas no cuidado de pessoas com demência.

Desafios no Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico de demência ainda é bastante complexo e caro. Embora existam exames aprovados pela Anvisa que auxiliam no diagnóstico, como os marcadores biológicos, eles são muito caros e não estão disponíveis para uso no SUS, que atende a maior parte da população.

No entanto, há uma tendência mundial de desenvolvimento de novos exames de sangue, mais acessíveis, que poderão facilitar bastante o diagnóstico de demência. Além disso, tratamentos não medicamentosos, como terapias que trabalham aspectos motores, sociais e afetivos, têm efeitos expressivos e podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Política Nacional de Demência e Prevenção

O Brasil sancionou a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e Outras Demências, mas ainda é preciso tirar o plano do papel. Investimento contínuo e governança intersetorial são necessários para que a lei virar realidade.

Além disso, reduzir riscos é possível. Se eliminássemos os 14 principais fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo, hipertensão e baixa escolaridade, evitaríamos cerca de metade dos casos de demência no mundo. Investir em educação é investir em prevenção, destacou Claudia Suemoto, professora de geriatria na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

  • Diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz da demência.
  • Tratamentos não medicamentosos, como terapias que trabalham aspectos motores, sociais e afetivos, têm efeitos expressivos.
  • Políticas públicas consistentes e investimento contínuo são necessários para implementar a Política Nacional de Demência.

Em resumo, a demência é um desafio crescente para a saúde pública, e o diagnóstico precoce, tratamentos integrados e políticas públicas consistentes podem mudar o curso da doença no país.

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