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CDI é tão seguro quanto parece? CIO da XP alerta para riscos escondidos

O CDI: Um Ativo Seguro ou uma Armadilha?

Com a taxa Selic estacionada em 15% e o mercado aguardando um novo sinal do Copom, a renda fixa continua a ser o centro das atenções dos investidores. No entanto, Artur Wichmann, CIO da XP e presidente do comitê de alocação da XP Advisory, alerta que a sensação de segurança proporcionada pelo CDI pode ser enganosa.

De acordo com Wichmann, o CDI não é o ativo livre de risco que muitos imaginam. Ele destaca que o investidor que acredita estar totalmente protegido pode estar ignorando o impacto da inflação sobre o poder de compra. Além disso, o CIO da XP relembra que, nas duas crises mais recentes, o CDI não cumpriu seu papel de proteção, resultando em perdas significativas para os investidores.

Um exemplo citado por Wichmann foi o período de 2015 e 2016, quando o governo reduziu os juros para 7,25% mesmo com a inflação acima de 10%. Isso resultou em um “calote” de mais de 2% para os investidores. Outro exemplo foi durante a pandemia, quando a taxa de juros ficou em torno de 2%, enquanto a inflação chegou a 10%, resultando em uma perda de 8% para os investidores.

  • O CDI não é um ativo livre de risco, pois não protegeu os investidores nas duas crises mais recentes.
  • A inflação pode reduzir o poder de compra do dinheiro investido em CDI.
  • O excesso de dinheiro em circulação pode distorcer preços e reduzir o poder de compra das moedas.

Wichmann defende que o CDI deve fazer parte da estratégia de investimento, mas não deve dominar o portfólio. Ele argumenta que um ativo livre de risco é aquele que protege o investidor no momento de risco, e o CDI não fez isso nos últimos grandes choques.

Além disso, o CIO da XP alerta para um novo risco no horizonte global: o desequilíbrio estrutural entre ativos reais e financeiros. Com o excesso de dinheiro em circulação, os preços podem ser distorcidos, reduzindo o poder de compra das moedas e elevando o valor relativo dos ativos tangíveis.

Para se proteger desse risco, Wichmann sugere investir em ativos reais, como imóveis, ações de empresas e ouro, que não podem ser “impressos” por bancos centrais. Ele conclui que a relação entre valor real e dinheiro impresso será o eixo central das discussões econômicas nas próximas décadas.

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