Divisões no Fed: O Debate sobre Novos Cortes de Juros
O Federal Reserve (Fed) está prestes a anunciar seu segundo corte consecutivo de juros, em meio a sinais de fraqueza no mercado de trabalho dos Estados Unidos. No entanto, a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário após outubro deve enfrentar resistência crescente de dirigentes preocupados com a inflação.
A ala dovish, mais favorável a juros baixos, prevalece por ora, garantindo a redução das taxas. Ainda assim, o grupo mais cauteloso teme que o Fed vá longe demais. A inflação desacelera, mas incertezas permanecem, e os dados divulgados recentemente mostraram que a inflação subjacente nos EUA teve em setembro o ritmo mais lento dos últimos três meses.
Os investidores já precificam três cortes de 0,25 ponto percentual — em outubro, dezembro e março. Os títulos do Tesouro americano, beneficiados pela expectativa de juros menores, acumulam o melhor desempenho desde 2020. No entanto, dirigentes regionais do Fed devem pressionar por cautela, pois projetam que nove dos 19 formuladores de política monetária veem espaço para, no máximo, um corte adicional.
- Preocupações com inflação persistente também voltaram a ganhar força, com a presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, alertando para a alta nos preços de serviços.
- Outros dirigentes lembram que a inflação está acima da meta de 2% há mais de quatro anos, e que o retorno ao alvo pode levar até 2028 — um cenário que ameaça a credibilidade do Fed.
- A falta de dados aumenta incertezas, pois o atual shutdown do governo americano limita a divulgação de indicadores oficiais, dificultando as avaliações do Fed.
Em resumo, as divisões no Fed devem se aprofundar à medida que o debate avança para novos cortes de juros. A falta de clareza sobre os rumos da economia e as preocupações com a inflação persistente devem continuar a influenciar as decisões do Fed.
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