Trapaça no Pôquer: Um Crime em Jogo Ilegal

O recente escândalo de apostas que abalou a NBA levantou uma questão importante: em um jogo ilegal de pôquer, a trapaça pode ser considerada um crime? A resposta é sim, mesmo que o jogo em si seja ilegal. A suposta fraude envolvia ex-jogadores e membros da máfia, que usavam máquinas de embaralhar modificadas, mesas com raio-x e lentes de contato especiais para enganar jogadores.

Segundo o ex-promotor federal Joshua Naftalis, o primeiro crime é operar um negócio de apostas ilegais. O ato de apostar em si não é ilegal, mas quando a casa cobra uma taxa ou porcentagem do pote, torna-se ilegal. Além disso, mesmo em um jogo ilegal, os participantes esperam disputar em igualdade de condições. Se isso não ocorre, o caso pode configurar fraude, um crime separado.

• Os promotores afirmam que as partidas adulteradas ocorreram em Manhattan, Miami e nos Hamptons.
• Os organizadores usavam jogadores da NBA para atrair vítimas desavisadas a mesas manipuladas.
• O Ministério Público provavelmente levou o caso adiante porque quatro das maiores famílias do crime organizado dos EUA estavam envolvidas.

Os especialistas concordam que o FBI não tem interesse em fiscalizar partidas privadas entre amigos, mas o problema surge quando há a operação de um negócio de apostas ilegais. As vítimas de fraude podem sim acionar a Justiça sob o argumento de enriquecimento ilícito, mas é improvável que elas tentem reaver as perdas devido à vergonha, ao desejo de continuar jogando no futuro e ao medo de processar membros da máfia.

Em resumo, a trapaça no pôquer pode ser considerada um crime, mesmo em um jogo ilegal, se houver fraude e operação de um negócio de apostas ilegais. É importante lembrar que o crime organizado só prospera quando tem um fluxo constante de renda, e esse era um dos meios.

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