Trump vê Bolsonaro como “página virada”, diz ex-embaixador dos EUA
O ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, afirmou que o presidente norte-americano Donald Trump considera o ex-presidente Jair Bolsonaro um assunto “encerrado”. Isso significa que Trump não vai mais se envolver nos assuntos relacionados a Bolsonaro, especialmente após a condenação por tentativa de golpe de Estado.
Segundo Shannon, Trump percebeu que insistir no tema seria inútil e que não tem como intervir no processo judicial. “Trump é astuto nesse ponto. Ele sabe quando não pode avançar em uma frente e procura outra”, afirmou o ex-embaixador.
Da ruptura à reaproximação
A mudança de postura de Trump é atribuída à nova fase das relações entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o encontro entre os dois líderes na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, os sinais de reaproximação vêm se intensificando.
Os presidentes se cumprimentaram de forma cordial e manifestaram disposição em deixar as divergências para trás. A expectativa é que eles se encontrem novamente durante a Cúpula da Asean, em Kuala Lumpur, na Malásia.
Shannon afirmou que Trump passou a ver vantagem política e econômica em se aproximar de Lula, especialmente após pressões internas nos Estados Unidos contra as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros.
Tarifas e cálculo político
O ex-embaixador afirmou que Trump foi convencido por representantes do setor privado norte-americano de que as tarifas estavam prejudicando empresas e consumidores dos EUA.
Para o diplomata, o movimento mostra pragmatismo. “No mundo da diplomacia, isso é um gesto inteligente. Trump percebeu que poderia transformar um conflito bilateral em uma narrativa de reconciliação que favorece ambos os lados.”
Alguns pontos importantes sobre a situação incluem:
- Trump considera o caso de Bolsonaro como “página virada” e não vai mais se envolver nos assuntos relacionados a ele.
- A mudança de postura de Trump é atribuída à nova fase das relações entre ele e o presidente Lula.
- Trump passou a ver vantagem política e econômica em se aproximar de Lula, especialmente após pressões internas nos Estados Unidos contra as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros.
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