O que há depois da morte? Estudo com 48 sobreviventes revela experiências comuns
Uma pergunta que intriga as maiores mentes humanas ao longo da história é “o que acontece quando morremos?”. Agora, os cientistas deram um passo mais perto de descobrir. Pesquisadores entrevistaram 48 pessoas que tiveram experiências de quase morte (EQMs) e perguntaram o que elas viram no que seria seus momentos finais.
As EQMs são experiências intensas e, muitas vezes, transformadoras, que ocorrem durante situações de risco de vida, como parada cardíaca ou insuficiência respiratória. Estimativas sugerem que cerca de 4% a 8% da população em geral já teve uma EQM.
No entanto, apesar de serem surpreendentemente comuns, os cientistas têm lutado para encontrar uma maneira de estudar sistematicamente essas experiências intensas e pessoais. Em um novo estudo, atualmente aguardando revisão por pares, pesquisadores tentaram categorizar as EQMs entrevistando pessoas sobre a “geometria” de suas experiências.
- Algumas pessoas relataram visões de figuras religiosas, como Deus, Jesus e anjos, mas cada uma viu coisas completamente diferentes.
- Outras pessoas descreveram experiências com luzes brilhantes e longos túneis, características clássicas de quase morte.
- Algumas pessoas até descreveram encontros com entes queridos, incluindo aqueles que já haviam falecido há muito tempo.
Os pesquisadores também descobriram que as EQMs ocorrem em quatro tipos distintos de espaço, que eles chamam de formas A, B, C e C5. Eles acreditam que essas formas são causadas pela redução do fluxo sanguíneo para o cérebro, o que causa falha na visão periférica e cria visão em túnel.
Os pesquisadores afirmam que todas as EQMs são causadas por uma “ruptura” na coerência entre as informações visuais e outras informações físicas que normalmente sustentam nossa sensação de unidade corporal. Eles explicam que o formato de uma EQM foi causado pela maneira como nosso campo visual muda quando o cérebro começa a desligar.
É importante ressaltar que isso não implica que exista uma alma separada ou que nossa consciência seja capaz de, de alguma forma, deixar o corpo. O estudo fornece uma nova perspectiva sobre as experiências de quase morte e pode ajudar a entender melhor o que acontece quando morremos.
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