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FIIs sobem de patamar: agora trocam cotas por imóveis e conversam com institucionais

FIIs Sobem de Patamar: Um Novo Ciclo de Crescimento

O mercado de fundos imobiliários está passando por uma transformação significativa, com investidores profissionais assumindo um papel mais proeminente. Em meio a um cenário de juros altos, várias gestoras decidiram lançar novas emissões direcionadas a esse público mais seletivo, revelando um avanço estrutural na indústria.

Um exemplo disso é o FII XPML11 (XP Malls), que anunciou sua 13ª emissão de cotas exclusivamente para investidores profissionais, com uma captação estimada em R$ 207,6 milhões. Outro exemplo é o TRXF11 (TRX Real Estate), que abriu sua 12ª emissão de cotas, com uma movimentação potencial de até R$ 3 bilhões.

De acordo com Flávio Pires, analista de FIIs do Santander, a dinâmica dessas emissões mudou. “Os fundos não estão mais pedindo dinheiro ao varejo; estão trocando cotas por imóveis”, explica. Isso significa que as ofertas são estruturadas para adquirir portfólios de outros fundos ou ativos imobiliários de investidores institucionais, em vez de captar recursos no mercado.

Algumas das principais mudanças nesse novo ciclo de emissões incluem:

  • A entrega de cotas em troca de bens, o que acelera o crescimento sem depender da demanda do pequeno investidor.
  • Um foco no valor patrimonial e no “preço justo” dos ativos, em vez de descontos sobre a cotação.
  • Um papel mais proeminente dos investidores institucionais, que buscam entrar no valor patrimonial dos ativos.

Esse movimento é visto como um sinal de maturidade da indústria, pois os FIIs começam a ser vistos por grandes players como instrumentos eficientes de liquidez e reestruturação patrimonial. “O mercado imobiliário está aprendendo a usar os fundos como aliados, não como concorrentes”, comenta Pires.

No entanto, é importante ponderar que algumas aquisições com essas novas ofertas podem não ser positivas para os portfólios dos fundos. Em resumo, o novo ciclo de emissões de FIIs é um reflexo da transição de uma indústria que amadureceu e está aprendendo a se adaptar a um cenário macroeconômico mais desafiador.

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