Brasil: Uma Economia Cara, Ineficiente e Pouco Inovadora
O economista Marcos Lisboa descreveu o Brasil como uma economia “cara, ineficiente e pouco inovadora” durante sua participação no podcast Outliers InfoMoney. Ele destacou que a conta dos juros no Brasil já ultrapassa R$ 1 trilhão, um peso que expõe o descontrole fiscal e as distorções da economia.
Segundo Lisboa, o Brasil é um país caro que protege empresas ineficientes e não estimula inovação, produtividade ou crescimento econômico. Ele afirmou que o país chegou a uma situação de mediocridade persistente, sustentada por dependência estatal e decisões políticas equivocadas, embora ainda distante de um colapso como o venezuelano.
Ele também alertou para riscos de governança e insegurança jurídica, fatores que travam o ambiente de negócios e desestimulam investimentos produtivos. Lisboa acrescentou que, apesar de o cenário não ser apocalíptico, o Brasil convive com baixo crescimento e decisões públicas que favorecem grupos específicos, consolidando uma economia de resultados limitados.
- O agronegócio tem juros baratos, enquanto muitos pagam juros proibitivos.
- A Justiça do Trabalho, a Receita Federal e órgãos de controle frequentemente interpretam a lei em vez de respeitá-la, o que gera desfuncionalidade na economia.
- As decisões do Estado favorecem setores com lobby, e não o conjunto da sociedade.
Para Lisboa, o Brasil vive um momento de tensão econômica que especialistas descrevem como sintoma de saúde grave, mas ainda não terminal. Ele afirmou que o país só avança em reformas quando atinge um ponto de crise que obriga o alinhamento político.
Ele relembrou os anos de hiperinflação, quando os salários e aplicações perdiam valor rapidamente, e o brasileiro corria para trocar dinheiro por bens de consumo. Lisboa classificou o cenário atual como de perda de controle institucional e falta de liderança efetiva na condução da política pública.
Em resumo, o Brasil precisa superar sua mediocridade e buscar um caminho de crescimento econômico sustentável, inovador e eficiente, para não continuar a ser um país caro e ineficiente.
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