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Ambev (ABEV3): o que os números da Heineken indicam para o 3T da gigante de bebidas?

Resumo dos Resultados da Heineken e Impacto na Ambev

A Heineken divulgou seus resultados do 3º trimestre de 2025, mostrando uma queda de 1,4% na receita orgânica em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso reflete uma queda de 2,3% nos volumes, com fraqueza tanto no segmento premium quanto no mainstream. No Brasil, os volumes de cerveja da Heineken caíram na faixa de dois dígitos médios, o que pode indicar um risco de baixa na estimativa atual de volume de cerveja da Ambev no Brasil.

De acordo com o Bradesco BBI, o desempenho mais fraco dos volumes da Heineken no Brasil pode ser parcialmente explicado por um descompasso temporário entre sell-in (venda de produtos do fabricante ou fornecedor para o varejista) e sell-out (comercialização direta para o consumidor final). No entanto, a administração da Heineken destacou que os níveis de estoque já haviam se normalizado no fim de setembro, o que deve indicar um equilíbrio maior entre sell-in e sell-out nos próximos meses.

Análise do Mercado e Previsões

O BBI avalia que os resultados reforçam a fraqueza do ambiente de consumo no Brasil, com temperaturas abaixo da média afetando a demanda e uma desaceleração estrutural na indústria de cerveja após anos de forte desempenho. A administração da Heineken destacou um ambiente competitivo “bastante saudável”, com maior racionalidade de preços ao longo do ano e foco mais amplo no desenvolvimento da categoria como um todo.

No entanto, o BBI alerta que uma deterioração mais estrutural do consumo pode seguir resultando em volumes fracos, o que colocaria essa racionalidade de preços em risco. Para a Ambev, o BBI acredita que, mesmo com uma provável recuperação sequencial de market share, a queda de um dígito alto na indústria pode fazer os volumes ficarem abaixo da projeção atual do BBI em 7%.

O Goldman Sachs prevê que os volumes de cerveja da Ambev podem ter caído em uma faixa de 2% a 8% ano a ano no trimestre, e reiterou classificação de venda para as ações da Ambev, embora reconheça que, no curto prazo, o consenso parece já ter precificado a maioria dos riscos negativos antes da divulgação de seus resultados do terceiro trimestre.

  • O BBI manteve recomendação neutra e visão cautelosa sobre Ambev.
  • O Goldman Sachs reiterou classificação de venda para as ações da Ambev.
  • O preço-alvo é de R$ 10,10.

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