Investigação sobre Bebidas Adulteradas com Metanol em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação para localizar uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas suspeita de distribuir bebidas com metanol, após a investigação de duas mortes causadas pela intoxicação por metanol. A fábrica foi encontrada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
As duas vítimas, Ricardo Lopes e Marcos Antônio Jorge Júnior, consumiram bebidas no Bar Torres, na Mooca, zona leste de São Paulo, que já foi interditado pela Vigilância Sanitária. A polícia passou a investigar o bar após a morte de Ricardo e encontrou nove garrafas, das quais oito continham metanol em quantidades elevadas.
Segundo a polícia, o proprietário do bar admitiu em depoimento que comprou as garrafas de uma distribuidora ilegal, que usava etanol de postos de combustível para a fabricação irregular das bebidas. No entanto, o etanol adquirido estava contaminado com metanol, que é altamente tóxico para o corpo humano.
Investigação e Resultados
A Polícia Civil do Estado investiga os casos e o governo, junto a órgãos da administração municipal, realiza uma força-tarefa de combate à adulteração de bebidas. Como resultado, distribuidoras, mercados e adegas vêm sendo interditados na região metropolitana de São Paulo e 24 pessoas já foram presas desde 29 de setembro.
Alguns dos principais pontos da investigação incluem:
- 25 casos confirmados e outros 160 suspeitos de intoxicação por metanol em São Paulo;
- Todas as cinco mortes confirmadas no País pelo consumo da substância tóxica foram registradas em território paulista;
- A descoberta da fábrica clandestina do ABC é considerada a “maior resposta” do trabalho de investigação da Polícia Civil desde o início da força-tarefa.
Para o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o próximo passo é investigar os postos de combustíveis que podem ter vendido etanol contaminado com metanol. A operação é considerada um importante passo para combater a adulteração de bebidas e proteger a saúde pública.
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