Previsão Econômica: XP Asset Avalia Posição do Fed e do Banco Central Brasileiro
A XP Asset, uma gestora de ativos, realizou uma análise detalhada sobre a política monetária dos Estados Unidos e do Brasil, prevendo que o Federal Reserve (Fed) manterá uma postura mais agressiva nos próximos meses, com possíveis cortes de juros ainda em 2025. Já o Banco Central brasileiro tende a manter a taxa Selic em níveis elevados por mais tempo.
De acordo com o economista-chefe da XP Asset, Fernando Genta, o ambiente nos Estados Unidos continua “estimulativo”, com condições financeiras afrouxadas, o que reforça a visão de continuidade no ciclo de cortes de juros. A previsão é que o Fed Funds (juros americanos) retorne a 3% até 2026, mesmo com a inflação americana persistente e uma economia que segue crescendo acima do esperado.
Sucessão no Comando do Fed e Impacto na Política Monetária
A sucessão no comando do Fed será determinante para os rumos da política monetária global. Com a saída de Jerome Powell, o substituto indicado por Donald Trump tende a ter um perfil mais “dovish”, mais tolerante à inflação, o que significa um Fed mais tomador de risco.
A XP projeta que os juros americanos caminhem para um nível considerado neutro, em torno de 3%, sem necessidade de desaceleração econômica expressiva. No entanto, no cenário doméstico, a XP Asset prevê um segundo semestre de desaceleração, embora menos intensa do que o consenso do mercado.
Previsão para a Economia Brasileira
A economia brasileira deve desacelerar, mas sem espaço para cortes na Selic até 2026. A gestora não vê espaço para cortes na taxa de juros do Brasil devido à inflação que permanece acima do teto da meta, o que impede um afrouxamento monetário no curto prazo. A previsão da XP é de inflação entre 4,8% e 4,9% em 2025.
- A XP Asset prevê um crescimento médio de 0,3% no terceiro trimestre e ligeiramente acima disso no quarto, impulsionado pelo aumento dos gastos públicos.
- O orçamento e o pagamento de precatórios no segundo semestre devem garantir algum fôlego, com o gasto público subindo cerca de 11% em termos reais.
- A pressão política deve crescer, mas a autoridade monetária tende a resistir, pois cortar juros com inflação e mercado de trabalho aquecidos seria difícil de justificar.
Em resumo, a XP Asset prevê um Fed mais agressivo e descarta cortes de juros no Brasil até 2026, devido à inflação persistente e ao mercado de trabalho aquecido. A gestora também prevê uma desaceleração da economia brasileira, mas com algum fôlego garantido pelo aumento dos gastos públicos.
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