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Brasil assume papel de principal fornecedor de soja para a China
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem impulsionado a exportação de soja brasileira para o país asiático. De acordo com um levantamento da American Farm Bureau Federation, entre janeiro e agosto de 2025, a China importou apenas 5,8 milhões de toneladas de soja americana, uma queda de quase 80% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em contrapartida, o Brasil exportou mais de 77 milhões de toneladas de soja para o mercado chinês no mesmo intervalo, tornando-se o principal fornecedor do grão ao gigante asiático. A Argentina também ampliou as vendas de soja para a China após suspender o imposto de exportação.
Impactos da reconfiguração comercial
A retração das exportações norte-americanas para a China não é pontual e resulta da política de diversificação de fornecedores implementada pela China há anos. Além da soja, as exportações norte-americanas de milho, trigo e sorgo para a China caíram a zero em 2025, e as vendas de carne suína e algodão seguem em ritmo reduzido.
Os impactos dessa reconfiguração comercial são profundos, com o valor total das exportações agrícolas para a China projetado para cair para US$ 17 bilhões neste ano, 30% inferior a 2024 e mais de 50% abaixo de 2022.
Ajuda governamental e desafios para os agricultores
O governo dos Estados Unidos está preparando um novo pacote de ajuda financeira aos produtores rurais, semelhante ao concedido em 2019. Além disso, o Tesouro norte-americano estuda medidas emergenciais para conter o déficit comercial agrícola.
Os agricultores estadunidenses também sofrem com a queda do preço das commodities e o aumento de custos logísticos, agravado pelo baixo nível das águas do Rio Mississippi. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que a renda agrícola do país caia 2,5% em 2025, atingindo o menor valor desde 2007.
- A guerra comercial entre os EUA e a China impulsionou a exportação de soja brasileira para a China.
- O Brasil se tornou o principal fornecedor de soja para a China, com mais de 77 milhões de toneladas exportadas entre janeiro e agosto de 2025.
- A retração das exportações norte-americanas para a China é resultado da política de diversificação de fornecedores implementada pela China.
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