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La Liga investe milhões contra pirataria e consegue bloqueios até na América do Sul

La Liga Investe Milhões Contra Pirataria e Consegue Bloqueios Até na América do Sul

A pirataria audiovisual é um dos principais problemas enfrentados pelo futebol profissional atualmente. De acordo com a La Liga, os clubes espanhóis perdem entre 600 e 700 milhões de euros por temporada em receitas devido à pirataria, o que equivale a cerca de R$ 3,7 bilhões a R$ 4,3 bilhões. Isso representa praticamente metade do valor distribuído em direitos de transmissão em 2022/23.

Na América Latina, a situação é ainda mais grave. Um estudo divulgado em 2024 pelo Cet.la mostrou que metade das visitas a sites audiovisuais na região foi destinada a domínios ilegais. No México, 77% dos torcedores admitem consumir conteúdos piratas ao menos uma vez por mês, e no Brasil o índice é de 67%.

  • No Brasil, o impacto financeiro também é expressivo, com a Rede Globo relatando perdas anuais de R$ 500 milhões com a pirataria.
  • O Governo Federal estima que a prática resulte em mais de R$ 2 bilhões em impostos não recolhidos a cada ano.
  • Os clubes brasileiros deixam de movimentar quase R$ 10 bilhões no total, montante que poderia ser revertido em investimentos em infraestrutura, categorias de base, salários de atletas e projetos sociais.

Para enfrentar esse mercado clandestino, a LaLiga consolidou uma estrutura antifraude com mais de 50 funcionários distribuídos entre Madri e Cidade do México, além de um laboratório especializado nos Emirados Árabes Unidos. O orçamento anual supera três milhões de euros, investidos em ferramentas próprias como Lumière, que coleta informações técnicas para ações judiciais.

A América do Sul tem sido palco de operações judiciais expressivas, com a justiça argentina bloqueando a Magis TV, considerada a maior plataforma pirata da região, e a polícia equatoriana prendendo o responsável pela rede Flujo TV, que vendia pacotes ilegais a milhares de pessoas.

A LaLiga defende que a repressão precisa ser global e integrada, pois bloqueios nacionais perdem efeito diante de ferramentas como VPNs, usadas por 31% dos internautas no mundo. Enquanto isso, os dados da América do Sul e do Brasil mostram que o problema atinge níveis mais altos do que na Europa, reforçando a região como prioridade na luta contra a pirataria.

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