Mudança de Opinião de Trump sobre Lula: O Papel de Joesley Batista
Um encontro recente entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Joesley Batista, coproprietário da gigante brasileira de frigoríficos JBS, pode ter sido o catalisador para a mudança de opinião de Trump sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa reunião, realizada cerca de três semanas antes do discurso de Trump na ONU, onde ele estendeu um “ramo de oliveira” a Lula, é vista como um ponto de inflexão nas relações entre os dois líderes.
De acordo com fontes, a reunião entre Trump e Batista ajudou a pavimentar o caminho para que Trump adotasse um tom mais favorável a Lula. Durante o encontro, Batista teria discutido as tarifas impostas pelos EUA sobre as importações brasileiras, incluindo a carne, que afetam diretamente a JBS e sua subsidiária Pilgrim’s Pride. As tarifas, anunciadas em julho, foram vistas como uma retaliação contra o que Trump considerava uma perseguição injusta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump.
Outros líderes empresariais do Brasil também têm se reunido com autoridades do governo Trump nas últimas semanas para fazer lobby por tarifas mais baixas. O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, por exemplo, tem tentado marcar reuniões para discutir as tarifas sobre os produtos da fabricante de aviões.
- A JBS se tornou uma empresa listada nos EUA em junho, aumentando sua exposição à política da Casa Branca.
- A Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS, fez uma doação de US$5 milhões para o Comitê Inaugural Trump-Vance.
- Joesley e seu irmão Wesley Batista têm sido vistos várias vezes com Lula em eventos públicos, e empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a JBS durante a administração anterior de Lula ajudaram a empresa a se tornar o maior frigorífico do mundo.
A mudança de opinião de Trump sobre Lula pode ter implicações significativas para as relações entre os EUA e o Brasil. Lula expressou sua disposição em se reunir pessoalmente com Trump e discutir todos os assuntos pendentes. Com a exclusão das peças de avião das tarifas de 50% impostas à maioria dos produtos brasileiros, a Embraer obteve uma vitória, mas as tarifas de 10% ainda se aplicam aos produtos da empresa.
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