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Nova regra traz metas mais rigorosas para colesterol e cria categoria “risco extremo”

Nova Regra para Colesterol: Metas Mais Rigorosas e Categoria de Risco Extremo

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apresentou uma nova diretriz para dislipidemias e prevenção da aterosclerose, com metas mais rigorosas para o colesterol LDL e a inclusão de novos marcadores, como o colesterol não-HDL, a apolipoproteína B e a lipoproteína(a). A maior novidade é a criação da categoria de risco extremo, destinada a pacientes que já sofreram múltiplos eventos cardiovasculares.

As novas metas de LDL definidas pela diretriz são:

  • Baixo risco: menor que 115 mg/dL (antes, <130 mg/dL)
  • Risco intermediário: menor que 100 mg/dL (sem alteração)
  • Alto risco: menor que 70 mg/dL (sem alteração)
  • Muito alto risco: menor que 50 mg/dL (antes, <70 mg/dL)
  • Risco extremo: menor que 40 mg/dL (categoria inédita)

O colesterol é um lipídio fundamental para o organismo, pois participa da formação das membranas celulares, hormônios e vitaminas. No entanto, quando em excesso, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

A nova diretriz recomenda o uso de cálculos mais detalhados para estimar o risco cardiovascular em dez anos, como o escore Prevent, desenvolvido pela American Heart Association. Esse sistema considera idade, sexo, histórico clínico, além de variáveis como função renal e índice de massa corporal (IMC), proporcionando estimativas mais precisas da probabilidade de infarto ou AVC.

A diretriz também destaca a importância de que todo adulto realize, ao menos uma vez na vida, a dosagem da lipoproteína(a), ou Lp(a), um marcador associado a risco elevado de infarto e AVC. Além disso, o histórico familiar é outro fator relevante na avaliação dos riscos, já que parte das dislipidemias tem origem genética.

A nova diretriz brasileira, alinhada à europeia, reforça que diversas pesquisas científicas demonstram que quanto mais precoce e rigoroso for o controle do LDL, menor será o risco de morte, infarto e AVC. Apesar do aumento das opções de tratamento medicamentoso, a diretriz mantém a ênfase nas mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas, abstinência do tabagismo, controle do peso e consumo moderado de álcool.

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