Revisão das Projeções da Vale (VALE3) pelo Goldman Sachs
O Goldman Sachs revisou suas projeções para a Vale (VALE3) após reuniões com executivos da mineradora, apontando uma melhora nas divisões de minério de ferro e metais básicos. A estratégia comercial da empresa é vista como mais adaptada às condições de mercado, com ganhos perceptíveis, como a redução de US$ 5 por tonelada no ponto de equilíbrio do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no primeiro semestre.
Outro fator positivo é a preservação das reservas de alto teor em Carajás, que sustentam o plano de mina para além de 2027 sem depender de mudanças regulatórias. No setor de metais básicos, o desempenho do níquel foi melhor do que o esperado no segundo trimestre, com custos menores e perspectiva de melhora duradoura.
Projeções e Recomendações
A projeção de Ebitda para este ano subiu de US$ 13,5 bilhões para US$ 13,9 bilhões, valor ainda 5% abaixo do consenso de mercado. Isso abre espaço para dividendos extraordinários ou recompras de ações entre US$ 200 milhões e US$ 400 milhões, possivelmente em março de 2026.
- Para 2026, o banco projeta retorno de fluxo de caixa livre de 8% e múltiplo de valor da firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) de cinco vezes.
- As estimativas de Ebitda foram ajustadas em +3% para 2025, -3% para 2026 e -1% para 2027.
- A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de US$ 14,8 por ação em 12 meses.
Entre os riscos, os analistas citam queda mais acentuada do minério de ferro caso a economia chinesa desacelere, valorização do real frente ao dólar, dificuldades na recuperação do cobre e do níquel, possíveis provisões adicionais ligadas à Samarco e desempenho operacional aquém do esperado.
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