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Eduardo Bueno é afastado do Conselho Editorial do Senado após fala sobre Charlie Kirk

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu afastar o jornalista e escritor Eduardo Bueno, conhecido como Peninha, do Conselho Editorial da Casa. A medida foi tomada após publicações nas quais o escritor ironizou o assassinato do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, aliado do presidente Donald Trump.

O Conselho Editorial do Senado é responsável pela publicação de obras com relevância cultural e histórica, além da representação da Casa em eventos literários. Bueno integrava o colegiado desde 2023 e participava da curadoria de edições especiais de obras sobre a história política e social do Brasil.

O afastamento foi oficializado nesta quinta-feira (18), após parlamentares da oposição protocolarem representações contra Bueno. O movimento foi liderado pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), que reuniu 40 assinaturas pedindo a retirada do escritor do colegiado.

Postagem e reação política

Em sua conta no Instagram, Bueno comentou a morte de Kirk em tom irônico: “Mataram o Charlie Kirk. Ai, coitado, tomou um tiro, não sei se na cara, o Charlie Kirk. Tem duas filhas pequenas, que bom pras filhas dele, né?”.

Em outro trecho, disse: “Que terrível um ativista ser morto por ideias, exceto quando é Charlie Kirk”.

A publicação foi removida pela plataforma sob alegação de violação das regras de uso. Bueno reagiu acusando o ato de censura: “Mas onde está a liberdade de expressão tão defendida pela extrema-direita? Estou sendo censurado! Espero que os EUA invadam logo o Brasil para me defender!”.

A repercussão negativa no Senado levou Alcolumbre a acatar o pedido da oposição. Ele declarou que o episódio “compromete a imagem da instituição” e justificou o afastamento como medida para preservar a credibilidade do Conselho Editorial.

O crime

Charlie Kirk, 31 anos, fundador da organização conservadora Turning Point USA e aliado de Trump, foi morto em 10 de setembro enquanto discursava em uma universidade em Utah, nos Estados Unidos. O caso teve ampla repercussão internacional e levou figuras do Partido Republicano a associar o crime a um clima de hostilidade política.

No Brasil, a postura de Eduardo Bueno ampliou a pressão sobre o Senado, já em meio a uma crise diplomática com os EUA após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF na trama golpista.

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