VARSÓVIA (Reuters) – A Polônia abateu drones que violaram seu espaço aéreo nesta quarta-feira, sendo a primeira vez que se sabe que um país membro da Otan disparou tiros durante a guerra da Rússia na Ucrânia.
A Polônia disse que 19 objetos entraram em seu espaço aéreo durante um grande ataque aéreo russo na Ucrânia, e que abateu aqueles que representavam uma ameaça. O primeiro-ministro Donald Tusk disse que havia ativado o artigo quatro do tratado da Otan, segundo o qual os membros da aliança podem exigir consultas com seus aliados.
“Estamos lidando com uma provocação em grande escala”, disse Tusk. “Estamos prontos para repelir tais provocações. A situação é séria, e ninguém duvida que devemos nos preparar para vários cenários.”
A agência de notícias estatal russa RIA citou um diplomata russo que chamou as acusações de incursão de “infundadas” e disse que a Polônia não apresentou nenhuma prova de que os drones abatidos eram de origem russa.
Várias autoridades europeias descreveram a incursão como intencional e um sinal da escalada russa.
“O fato de que esses drones, que representavam uma ameaça à segurança, foram abatidos muda a situação política”, disse Tusk.
O Comando Operacional das Forças Armadas da Polônia pediu aos moradores que ficassem em casa, com três regiões do leste em risco especial.
Países que fazem fronteira com a Ucrânia relataram que mísseis ou drones russos em certas ocasiões entraram em seu espaço aéreo no passado durante a guerra, mas não em uma escala tão grande, e não se sabe se eles os abateram. Duas pessoas foram mortas na Polônia em 2022 por um míssil de defesa aérea ucraniano que estava fora de controle.
O comando militar da Polônia disse que os radares rastrearam mais de 10 objetos e aqueles que poderiam representar uma ameaça foram “neutralizados”. Pela manhã, o comando disse que as operações haviam sido concluídas.
infomoney.com.br/">InfoMoney.