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Correios no vermelho: em 3 pontos, entenda por que a estatal teve prejuízo bilionário

Correios

Os Correios divulgaram um prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2025, valor quase três vezes superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Apenas no segundo trimestre, as perdas chegaram a R$ 2,64 bilhões. O resultado reflete uma combinação de fatores que reduziram a receita da companhia e ampliaram as despesas.

A deterioração foi influenciada por mudanças regulatórias que impactaram o segmento internacional de encomendas, pelo avanço da concorrência no setor de entregas e pelo crescimento expressivo dos custos operacionais e administrativos.

A estatal tem buscado alternativas para reverter o quadro, por meio da diversificação de serviços, criação de um marketplace próprio e a solicitação de crédito ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Brics, para investimentos em modernização logística.

Ao mesmo tempo, governo e direção discutem medidas de contenção de gastos e de reorganização financeira.

Confira a seguir, em três pontos, o que explica o prejuízo dos Correrios.

1. “Taxa das blusinhas” reduziu receita internacional

A tributação sobre importados de baixo valor afetou diretamente as operações internacionais. A receita com postagens vindas do exterior recuou 61,3% no semestre, somando R$ 815 milhões. A receita bruta total da empresa também caiu 11,3%, para R$ 8,52 bilhões.

2. Concorrência e universalização dos serviços

Os Correios perderam espaço para concorrentes privados em segmentos mais rentáveis do mercado de entregas. A estatal, no entanto, continua responsável pela universalização, o que inclui atendimento em áreas de baixa atratividade comercial, fator que pressiona ainda mais o caixa da companhia.

3. Aumento das despesas

O crescimento das despesas também contribuiu para o agravamento do prejuízo. Os gastos administrativos subiram de R$ 1,2 bilhão para R$ 3,4 bilhões em um ano, enquanto as despesas financeiras passaram de R$ 3 milhões para R$ 673 milhões. Além disso, os custos com produtos e serviços prestados aumentaram, em contraste com a redução das receitas.

(Com informações de O Globo e Estadão Conteúdo)

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