O avanço dos ataques cibernéticos ao sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) pode adiar a estreia do Pix Parcelado, nova funcionalidade que promete ampliar o acesso ao crédito no país. A informação foi publicada pelo jornal Valor Econômico neste sábado (6).
A modalidade funcionaria como uma alternativa ao cartão de crédito: o usuário poderia parcelar suas compras de forma semelhante ao tradicional cheque pré-datado, mas com liquidação via Pix. Algumas instituições financeiras já oferecem produtos parecidos, atrelados ao cartão de crédito e com cobrança de juros.
Procurado pelo jornal, o Banco Central informou que as regras do Pix Parcelado serão divulgadas ainda no segundo semestre, mas não descartou ajustes no cronograma em função dos recentes incidentes de segurança. Outras inovações do ecossistema Pix já tiveram lançamentos postergados anteriormente para garantir maior robustez do sistema.
Recorde histórico
Apesar das preocupações com segurança, o Pix segue em ritmo acelerado. Na última sexta-feira (5), o sistema bateu novo recorde: 290 milhões de transações em apenas 24 horas, superando a marca anterior de 276,7 milhões registrada em junho.
O volume financeiro também foi inédito: R$ 164,8 bilhões movimentados em um único dia, consolidando o Pix como infraestrutura pública digital estratégica para a economia brasileira.
Lançado em novembro de 2020, o Pix rapidamente se tornou o meio de pagamento mais usado no país, ultrapassando cartões de crédito, débito e transferências tradicionais como TED e DOC. O alcance da ferramenta foi tamanho que já despertou atenção internacional: o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a mencionar o Pix como uma ameaça ao modelo de negócios das operadoras americanas de cartões de crédito.
Leia Mais: Mudanças no Pix: quais são os impactos para empresas e fintechs?
infomoney.com.br/">InfoMoney.