Centenas de pessoas formaram uma fila silenciosa neste sábado, no coração do distrito de moda de Milão, para prestar homenagem a Giorgio Armani, o estilista mais famoso da Itália, que faleceu esta semana aos 91 anos de idade.
O falecimento de Armani provocou uma comoção global com homenagens de celebridades de Hollywood e de pessoas comuns. Ao longo de uma carreira de cinco décadas, ele construiu um império de negócios que abrangeu desde a alta costura até mobiliário doméstico, com seu nome se tornando sinônimo de elegância sóbria.
“Tudo o que ele fez em sua vida, ele fez por paixão”, disse Pier Carlo Bertoglio, que viajou da vizinha Lodi para a sede da Armani, onde o corpo será velado no fim de semana antes de um funeral particular na segunda-feira.
John Elkann, descendente da proeminente família italiana Agnelli, e sua esposa Lavinia estavam entre os primeiros visitantes a chegar ao “teatro” da Armani — o vasto espaço de exposição dentro da sede da Armani, onde são realizados os desfiles e onde o caixão de madeira coberto com um arranjo de flores brancas foi colocado.
Elkann, que dirige o veículo de investimento da família Agnelli, Exor, chegou a discutir no passado uma possível combinação de negócios com a Armani para criar um conglomerado italiano de produtos de luxo, incluindo a Ferrari, fabricante de carros esportivos de propriedade da Exor. As conversas não avançaram.
Armani, que não tinha filhos, adotou medidas para garantir a continuidade e a independência de seus negócios, que ele administrava com membros de confiança da família e uma rede de colegas de longa data.
Os primeiros visitantes também incluíram o prefeito de Milão, Giuseppe Sala. Milão, a cidade para onde Armani se mudou com sua família após a Segunda Guerra Mundial, terá um dia de luto público na segunda-feira.
“Milão está cheia de ‘sinais’ de Armani, seria impossível esquecê-lo”, disse Sala. “Seu maior legado para a cidade, eu acho, é a profunda crença no trabalho como um meio de autorrealização.”
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